Hoje na Economia 03/05/2016

Edição 1508

03/05/2016

Permanece o quadro de aversão ao risco, nesta manhã. As preocupações com um crescimento claudicante da economia mundial permeiam os negócios, derrubando o dólar, elevando os preços dos títulos governamentais e valorizando moedas, como o iene japonês.

Pelo lado americano, o índice futuros de ações S&P 500 recua 0,68% nesta manhã, refletindo as perspectivas de baixos lucros empresariais em meio ao fraco desempenho da economia americana nos últimos trimestres. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 3,50% no momento, situando-se em 1,807% ao ano. O índice DXY, que segue o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas, situa-se em 92,164 pontos, caindo 0,50%.

Na Ásia, maioria das bolsas de ações fechou em baixa. O índice MSCI Asia Pacific, excluindo os mercados do Japão, que se encontram-fechados por conta de feriado, recuou 0,30% no pregão desta terça-feira. Esse recuo refletiu preocupações com a atividade econômica na China, após os indicadores industriais (PMI Caixin/Markit) divulgados virem abaixo do esperado pelos analistas. O mercado de ações de Hong Kong acusou o impacto, contaminando os demais mercados regionais. O índice Hang Seng fechou com queda de 1,85%, anulando os possíveis efeitos positivos do corte dos juros na Austrália, que contribuiu para que o mercado de ações australiano fechasse em alta. No mercado de moedas, o iene segue se apreciando frente ao dólar e ao euro. Nesta manhã, o dólar compra 105,71 ienes, contra 106,50 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, o índice STOXX600 recua 1,50%, no momento, com queda em todos os 19 grupos industriais que compõem o índice. O rally observado nas ações europeias perdeu força após ter atingido o pico no dia 20 de abril. Fracos resultados empresariais já divulgados e um euro fortalecido explicam a reversão da tendência. Demais praças também operam no vermelho: Londres -0,89%; Paris -1,50% e Frankfurt -1,71%. O euro é cotado a 1,1584 (+0,44%), contra US$ 1,1523 no fim da tarde de ontem.

No mercado de petróleo, os contratos futuros para entrega em junho do petróleo WTI são cotados a US$ 44,37/barril, com queda de 0,98%. O índice Geral de Commodity da Bloomberg registra queda de 0,19%, no momento.

Indicadores chineses piores do que esperado, derrubando as cotações das commodities e resultados de balanços de importantes bancos domésticos devem calibrar o desempenho da Bovespa no dia de hoje. No câmbio, o Banco Central oferta US$ 1 bilhão de swap reverso para dar sustentação ao dólar, enquanto os juros ficam de olho na divulgação da produção industrial de março. Segundo o consenso do mercado, a produção industrial deve mostrar recuo de 10,8% frente a março de 2015, o que significaria um avanço de 1,5% na comparação mensal, dessazonalizada.