Hoje na Economia – 03/08/2022
Economia Internacional
Ontem, o índice JOLTS trouxe um número abertura de vagas de emprego menor que o esperado em junho nos EUA (106,9 mil ante expectativa de 110 mil), indicando algum desaquecimento do mercado de trabalho norte-americano na margem, consistente com a desaceleração observada nos outros dados de atividade neste 2º trimestre.
Divulgados na madrugada, os dados de atividade na Zona do Euro foram mistos. Enquanto a inflação ficou em linha, a leitura final do PMI de serviços de julho superou a expectativa de 50,6, vindo em 51,2. Em paralelo, as vendas no varejo de junho contraíram 1,2%, bastante abaixo da expectativa de variação de 0%. A inflação ao produtor do mês de junho teve alta de 1,1% M/M, em linha com o esperado (1% M/M). A perspectiva pra região segue preocupando com o risco de escassez de gás.
Na China, o PMI de serviços apontou panorama positivo para a atividade, acelerando de 54,5 no mês anterior para 55,5 em julho, acima do esperado pelo mercado (53,9). Dado diminui um pouco o pessimismo com a economia chinesa.
Hoje, a agenda global deve ficar voltada à divulgação de dados nos EUA. Serão divulgados o PMI e ISM de serviços de julho e as encomendas de bens duráveis e à indústria referentes a junho. O noticiário geopolítico ainda deve permanecer atento aos desencadeamentos da ida da presidente da Câmara de Deputados dos Estados Unidos, Nancy Palosi, a Taiwan.
Economia Nacional
A produção industrial em junho caiu 0,4% M/M, em linha com a expectativa de queda de 0,3% M/M. Na comparação interanual, a contração foi de 0,5% A/A. A leitura qualitativa indicou um dado levemente pior, com quedas em bens de capital e intermediários e difusão em leve queda, indicando menor percentual de atividades em expansão. A despeito da surpresa negativa na margem, o dado é consistente com a projeção da SulAmérica Investimentos de avanço de 0,9% do PIB no 2º trimestre.
Hoje, o destaque da agenda doméstica é a reunião do COPOM, da qual esperamos uma elevação de 50 pb da taxa SELIC, para 13,75%. Em termos de sinalização, esperamos que o comitê não indique o encerramento do ciclo. Projetamos um ajuste residual na reunião de setembro, que levaria a taxa básica para 14% ao final deste ano.