Hoje na Economia – 03/08/2023

Hoje na Economia – 03/08/2023

Cenário Internacional

No overnight, os destaques foram as divulgações dos PMIs de Serviços referentes a julho em diversos países. Na Europa, a leitura final do PMI da Zona do Euro foi revisada sensivelmente para baixo, de 51,1 para 50,9, enquanto na Alemanha o dado de julho surpreendeu ligeiramente para cima (52,3 vs. 52), e no Reino Unido, veio em linha com a preliminar. Na China, o PMI Caixin de Serviços veio mais forte do que o esperado (54,1 ante 52,4) e acelerou em relação ao dado anterior (53,9). Também foi divulgada a inflação ao produtor na Zona do Euro, que registrou variação de -0,4% M/M em junho, abaixo do esperado pela projeção mediana dos analistas (-0,3% M/M).

No Reino Unido, o Banco Central inglês (BoE) elevou sua taxa básica de juros em 25 pb (de 5,0% para 5,25%), conforme o esperado pelos mercados. No comunicado, o comitê manteve a sinalização de que pretende manter a política monetária em campo restritivo por período suficientemente prolongado e que o ciclo de aperto continuaria caso as pressões inflacionárias se mostrem mais persistentes do que o esperado.

Para hoje, o restante da agenda doméstica contou com a divulgação de dados de atividade e de emprego nos EUA. Os pedidos semanais de seguro-desemprego avançaram de 221 mil para 227 mil, mas vieram abaixo da expectativa de 255 mil. O custo unitário do trabalho referente ao 2° trimestre teve expansão de 1,6% T/T anualizado, desacelerando em relação ao dado anterior (4,2%) e abaixo do esperado pelo mercado (2,5%). Ainda serão divulgados o PMI e o ISM de Serviços referentes a julho e as encomendas à indústria em junho.

Cenário Brasil

No âmbito local, o COPOM reduziu a meta para a taxa Selic em 50 pb, de 13,75% a.a. para 13,25%, em decisão dividida – por 5 votos (incluindo o presidente Roberto Campos Neto) a 4 – e que surpreendeu a expectativa da SulAmérica Investimentos e da mediana de mercado, de corte de 25 pb. No comunicado, o comitê reconheceu que o início do ciclo de flexibilização monetária foi embasado pelo panorama de inflação corrente mais benigno e pelo processo, ainda que apenas parcial, de reancoragem das expectativas de inflação ao longo do horizonte relevante. Por outro lado, o comitê sinalizou que deverá manter a política monetária em patamar restritivo enquanto o processo de desinflação e de reancoragem total das expectativas não se consolidam, e antecipou que os próximos ajustes devem ser da mesma magnitude do atual. No todo, seguimos com cenário base de front-loading, que é compatível com cortes de 50, 75 e 75 pb nas próximas reuniões e taxa Selic em 11,25% ao final de 2023.

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