Hoje na Economia – 04/05/2021
Mercados financeiros operam sem direção única, com leve queda em setores de tecnologia à medida que receios com aumento de inflação nas economias desenvolvidas levam à perspectiva de aumento de juros, que afeta companhias mais alavancadas.
Na Ásia, boa parte das bolsas, como de Tóquio e Xangai, segue fechada devido a feriados. O índice regional MSCI Asia Pacific recuou -0,1%, influenciado pelas quedas de -0,90% no SENSEX da Índia e -0,7% no TAIEX de Taiwan. Aumento de casos de Covid-19 foram responsáveis por essas quedas. Por outro lado, houve alta de 0,20% no Hang Seng de Hong Kong e 0,64% no KOSPI de Seul. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,37%, cotado a ¥/US$ 109,47.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única. O índice regional STOXX600 sobe 0,11%, com altas de 0,63% no FTSE100 de Londres e 0,43% no CAC40 de Paris. Por outro lado, o DAX de Frankfurt tem recuo de -0,47%. O PMI manufatura do Reino Unido de abril saiu hoje, vindo 0,2 pp melhor que a prévia, em 60,9. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,48%, cotado a US$/€ 1,2006.
Nos EUA, os índices futuros de ações mais ligadas à tecnologia estão caindo. O NASDAQ recua -0,24% e o S&P500 -0,08%. Por outro lado, o Dow Jones sobe 0,03%. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, com o índice DXY subindo 0,44%. Os juros futuros estão subindo hoje, com o yield da Treasury de 10 anos quase chegando a 2 pb de alta, para 1,62% a.a.. Hoje sairão dados de balança comercial de março (expectativa de aumento do déficit de US$ -71 bi para US$ -74 bi) e encomendas à indústria de março (expectativa de aumento de 1,8% M/M no núcleo, sem contabilizar bens de transportes), com pouco impacto nos mercados financeiros.
Os preços de commodities operam sem direção única, mas com algumas altas muito relevantes. O índice geral da Bloomberg sobe 0,76%, influenciado pelo avanço considerável do petróleo (+1,72% no caso do barril tipo WTI, cotado a US$ 65,60), do níquel (2,42%), da soja (0,64%) e do milho (1,51%). Por outro lado, há recuos de -1,95% no minério de ferro e -0,61% no cobre.
No Brasil, hoje sairão dados de vendas de veículos de abril, divulgados pela Fenabrave, e inflação ao produtor na manufatura de março, divulgado pelo IBGE. Os dados devem ter pouco impacto sobre os preços de ativos no Brasil. O real deve se desvalorizar diante do mundo, seguindo o restante do mundo, mas com intensidade menor devido ao avanço nos preços de commodities. A bolsa brasileira deve subir, tendo pouco peso no setor de tecnologia. Os juros futuros devem aumentar também, com aumento da pressão inflacionária vinda de preços do exterior, tanto commodities como bens industrializados.