Hoje na Economia – 04/07/2023

Hoje na Economia – 04/07/2023

Economia Internacional

Nos EUA, o ISM de Manufatura referente a junho, que foi divulgado ontem, frustrou a expectativa mediana do mercado e desacelerou no mês (46 vs. 46,9), ante 47,1 esperado. O recuo observado na leitura de junho teve contribuição da queda do componente de emprego, que voltou a campo contracionista (48,1). As novas encomendas avançaram na margem (45,6 contra 42,6), mas seguem em patamar de contração. Por outro lado, em termos de inflação, o componente de preços pagos surpreendeu para baixo (41,8 ante 44 esperado) e recuou em relação ao dado anterior (44,2), corroborando a visão de continuidade do processo de desinflação advindo de bens industriais. Também divulgados ontem, os gastos com construção tiveram alta de 0,9% M/M em maio, acima do esperado pelos analistas (0,6% M/M), e a divulgação final do PMI de Manufatura de junho não sofreu revisões e permaneceu em linha com a leitura preliminar (46,3).

No overnight, o banco Central australiano (RBA) manteve a sua taxa de juros em 4,10%, conforme esperado pelos mercados. Após uma alta de 25 pb na última reunião, o RBA sinalizou no comunicado que deve adotar postura dependente dos dados e da evolução do balanço de riscos, mas reconheceu que aperto monetário adicional seria necessário caso as pressões inflacionárias se mostrem mais persistentes do que o esperado.

Hoje a agenda global deve ficar esvaziada em razão do feriado nacional nos EUA.

Economia Nacional

No âmbito local, a balança comercial registrou superávit de US$ 10,6 bilhões em junho, acima do esperado pelo mercado (US$ 9,5 bilhões). A surpresa positiva foi puxada por uma queda maior das importações (-11,5% M/M) vis-à-vis as exportações, que recuaram -9,6% M/M.

A produção industrial registrou expansão de 0,3% M/M em maio, ligeiramente abaixo do esperado pela SulAmérica Investimentos (0,4% M/M) e acima do consenso de mercado (0,0% M/M), levando a variação interanual a 1,9%. A leitura de maio foi puxada pelo desempenho positivo da indústria extrativa, que avançou 1,2% M/M, enquanto a indústria de transformação contraiu 0,1% M/M. Entre as categorias de uso, destacaram-se positivamente a produção de bens de consumo duráveis, com alta de 9,8% M/M, e a de bens de capital, que subiram 4,2% em maio.

Para hoje, o restante da agenda de dados econômicos conta com a divulgação pela Fenabrave das vendas de veículos em junho. No front político, os mercados acompanham a sabatina dos novos diretores do Banco Central, Gabriel Galípolo (Diretoria de Política Monetária) e Ailton Aquino (Diretoria de Fiscalização), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

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