Hoje na Economia – 04/12/2019
Após um começo titubeante, onde parecia que a aversão ao risco comandaria os negócios no dia de hoje, os índices futuros das bolas de Nova York, os mercados acionários da Europa, os juros dos Treasuries e o dólar ganharam força após notícias de que EUA e China estão próximos de chegar a um acerto sobre o volume de tarifas que seriam retiradas em um acordo da chamada “fase 1”.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa, nesta quarta-feira. Havia preocupação com a postura do presidente Trump, que afirmava não ter pressa de fechar um acordo comercial preliminar com a China. Chegou a sugerir que preferiria esperar até o fim da eleição presidencial dos EUA, em novembro de 2020, para selar um pacto comercial. No Japão, o índice Nikkei caiu 1,05% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,73% em Seul. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 1,25% e o Taiex perdeu 0,18% em Taiwan. Na China, o índice Xangai Composto contrariou o viés negativo que predominou na Ásia e subiu 0,25%. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 108,75 ienes de 108,65 ienes de ontem à tarde.
Na Europa, as bolsas operam majoritariamente em alta, nesta manhã, com investidores estimulados pelas notícias otimistas sobre um possível acordo comercial entre EUA e China. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização de 0,95%, no momento. Principais bolsas da região seguem o mesmo tom: Londres +0,23%; Paris +1,17%; Frankfurt +1,06%. A pesquisa final divulgada pela IHS Markit confirma o quadro de expansão moderada da atividade econômica na zona do euro, captada pelos índices preliminares dos gerentes de compras (PMI) de novembro, divulgados na semana passada. O PMI composto da zona do euro, englobando os setores industrial e de serviços, ficou em 50,6 em novembro, mesmo nível de outubro. No mercado de câmbio, o euro é negociado a US$ 1,1073, recuando ante o valor de US$ 1,1083 de ontem à tarde.
No mercado americano, os juros das Treasuries que operavam em queda ao longo da madrugada voltaram a subir. No momento, o yield da T-Note de 10 anos encontra-se em 1,7311%, subindo 1,0%. O dólar mostra ligeira valorização frente às principais moedas, com o índice DXY situando-se em 97,78 pontos, flutuando em torno desse patamar, neste momento. No mercado futuro de ações, o índice Dow Jones sobe 0,50%; S&P 500 tem valorização de 0,46%; Nasdaq sobe 0,61%, no momento. Será divulgado às 12h, o ISM-serviços de novembro, que deverá ficar em 54,5 (54,7 em outubro), segundo as estimativas do mercado.
No mercado de commodities, as notícias de que EUA e China estão próximos de chegar a um acordo preliminar impulsionaram os preços do petróleo e de metais, como o cobre. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é cotado a US$ 56,79/barril, com alta de 1,23%, nesta manhã. No Comex, o cobre para entrega em março tinha alta de 0,63%.
A Bovespa deve seguir o bom humor das bolsas internacionais, embaladas pelas notícias de que EUA e China estão próximos de chegar a um acordo, fechando a chamada “fase 1” das negociações comerciais. Ativos brasileiros também podem ser favorecidos pela expectativa de que a economia ganhou tração, o que poderá ser confirmado com a divulgação, pelo IBGE, dos dados sobre a produção industrial de outubro. Segundo as estimativas do mercado, a produção avançou 0,9% na comparação mensal dessazonalizada e 1,4% em relação a igual mês de 2018.