Hoje na Economia – 05/07/2019

Hoje na Economia – 05/07/2019

Edição 2290

05/07/2019

Mercados abrem os negócios cautelosos, nesta manhã, enquanto aguardam pelo relatório de emprego que será divulgado nos EUA, logo mais (9h30). Em junho, o ritmo de criação de vagas manteve o padrão de lenta desaceleração dos últimos meses, segundo as projeções do mercado. Os analistas projetam criação líquida de 160 mil postos de trabalho no mês, acima dos 75 mil registrados em maio. A taxa de desemprego deve se manter em 3,6%.

A percepção do mercado indica que um resultado em linha com o consenso deverá reforçar apostas de que o Fed cortará os juros já na reunião do final deste mês. O índice DXY, que mede o dólar em relação a uma cesta de outras moedas fortes, opera em alta nesta sexta-feira, subindo 0,16%, no momento. O juro pago pela T-Bond de 10 anos permanece abaixo de 2,0% ao ano (1,9598%, no momento), em linha com a expectativa de afrouxamento monetário. Os mercados futuros de ações apontam para uma abertura moderada para as bolsas americanas, na volta do feriado de ontem. O índice futuro do Dow Jones recua 0,15%; o S&P 500 perde 0,19%; Nasdaq cai 0,22%.

Na Ásia, investidores optaram pela cautela, de olho nos dados do mercado de trabalho dos EUA, o que determinou altas modestas para as bolsas de ações da região. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,19%, enquanto o Hang Seng recuou 0,07% em Hong Kong. Em Tóquio, o Nikkei teve alta de 0,20%, graças ao fortalecimento do dólar, fechando a semana com valorização de 2,21%. O dólar é negociado a 108,02 ienes, subindo em relação à cotação de 107,82 ienes de ontem à tarde. Em Seul, o índice Kospi teve valorização modesta (+0,09%), enquanto o Taiex registrava alta idêntica (+0,09%) em Taiwan.

Na Europa, as bolsas iniciaram o dia operando majoritariamente no vermelho. O sentimento do investidor da região segue cauteloso por causa das perspectivas nada otimistas para a economia global. Além da cautela decorrente da espera pela divulgação da payroll americana, pesam também os dados decepcionantes sobre a indústria alemã divulgados nesta manhã. A queda nas encomendas à indústria na Alemanha de 2,2% em maio na comparação mensal (previsão dos analistas:-0,3%) alimentou temores de um PIB negativo no 2º trimestre para a maior economia da Europa. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,40%; em Londres, o FTSE100 perde 0,18%; o CAC40 recua 0,33% em Paris; o DAX tem queda de 0,26% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1264 de US$ 1,1286 de ontem à tarde.

Os futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, com preocupações diante do enfraquecimento da demanda, reflexo de uma economia global que vem perdendo força. Nesta manhã, o futuro do petróleo tipo WTI, para agosto, é cotado a US$ 56,76/barril, com queda de 0,99%.

Os mercados domésticos, ainda que de olho na divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, deverão surfar as expectativas otimistas criadas pela aprovação, com larga margem de apoio, do texto-base da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. A curva de DI futuro já projeta 100% de chance de queda da Selic a 6,25% no próximo Copom, contando que a reforma seja aprovada no plenário da Câmara na próxima semana.

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