Hoje na Economia – 05/08/2020

Hoje na Economia – 05/08/2020

As principais bolsas do mundo operam em alta, nesta manhã, em que o dólar perde força frente às principais moedas, o que permite ao ouro renovar máximas históricas. Investidores mostram-se mais animados com as chances de o Congresso dos EUA chegar a um acordo em torno do novo pacote fiscal para atenuar os impactos do choque da pandemia sobre a economia. Permanecem cautelosos, no entanto, enquanto observam movimentações em torno da retomada das conversações comerciais entre americanos e chineses em um ambiente de crescentes tensões políticas entre os dois países.

Na Ásia, a maioria das bolsas da região fechou contabilizando ganhos, nesta quarta-feira. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific registrou alta de 0,5%, na sessão de hoje. Na China, o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços, divulgado pela Caixin Media caiu de 58,4 em junho para 54,1 em julho. O indicador permanece mostrando expansão do setor, mas o ritmo diminuiu em função dos temores de uma nova onda de contágio de coronavírus em algumas regiões da China. No mercado de ações, o índice Xangai Composto fechou com alta modesta de 0,17%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,63%; enquanto o sul-coreano Kospi teve valorização de 1,40% em Seul. No Japão, o índice Nikkei apurou queda de 0,26% em Tóquio. No mercado de moedas, o dólar flutua em torno do valor de 105,70 ienes, no momento.

No mercado americano, os futuros das principais bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã e os juros das Treasuries sobem, enquanto se espera pela divulgação de indicadores que reforcem o cenário de que a economia dos EUA vem ganhando força, superando o choque causado pela pandemia de coronavírus. Será divulgada, nesta manhã, a criação de emprego pelo setor privado, apurada pela ADP, em julho. Segundo o consenso de mercado, a folha de pagamento privado deve registrar a criação líquida de 1.200 mil vagas no mês, contra 2.369 mil em junho. No momento, o índice futuro do Dow Jones sobe 0,71%; S&P 500 avança 0,52%; Nasdaq tem valorização de 0,36%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 2 pontos base para 0,52% ao ano. O índice DXY do dólar opera com queda de 0,43% nesta manhã, situando-se em 92,97 pontos.

No mercado europeu, os índices de gerentes de compras (PMI) de julho, divulgado nesta manhã, surpreenderam positivamente, mostrando forte aumento de novas ordens pela primeira vez em cinco meses. O PMI composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 48,5 em junho para 54,0 em julho, atingindo o maior nível desde junho de 2018. No mercado de ações, o índice intercontinental, STOXX600, opera com alta de 0,63%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,01%; o CAC40 tem ganho de 0,82% em Paris; em Frankfurt, o DAX se valoriza 0,88%. O euro é negociado a US$ 1,1842, com alta de 0,33%.

No mercado de petróleo, os contratos futuros operam em alta, impulsionados pela redução dos estoques americanos reportado, ontem, pela American Petroleum Institute (API). No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 42,61/barril, com alta de 2,16%.

No mercado interno, o foco estará no anúncio da taxa Selic, no encerramento da reunião do Copom, hoje às 18hs. A Selic deve ser reduzida para 2,0% segundo o consenso do mercado. Importante será o comunicado, que poderá sugerir que se está próximo do encerramento do ciclo de flexibilização monetária. Manterá a disposição de avaliar a evolução da economia nos próximos meses, para decisões futuras. Pode sinalizar uma parada, mas deixará a porta aberta.

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