Hoje na Economia – 05/12/2022
Economia Internacional
Nos EUA, os dados do payroll de novembro, que foram divulgados na última sexta-feira, surpreenderam para cima as expectativas do mercado e seguiram corroborando o panorama de robustez e aquecimento do mercado de trabalho. A criação de vagas veio acima do esperado (263 mil ante 200 mil) e foi ligeiramente superior ao dado anterior (261 mil), assim como os ganhos salariais, que subiram 0,6% M/M ante alta esperada de 0,3% M/M. A taxa de desemprego manteve-se estável em 3,7%.
Na China, o PMI Caixin de Serviços referente a novembro, divulgado no overnight, veio mais fraco do que o esperado (46,7 contra 48 projetado) e desacelerou em relação ao dado anterior (48,4), mantendo-se em campo de contração. Por outro lado, os mercados seguem reagindo positivamente à expectativa do anúncio de novas medidas de flexibilização sanitária durante a semana.
Na Zona do Euro, os dados de atividade divulgados no overnight vieram, de modo geral, em linha com o esperado. A leitura final do PMI de Serviços ficou em 48,5, ante 48,6 esperado. As vendas no varejo contraíram 1,8% M/M em outubro, desacelerando para -2,7% na comparação interanual. O índice Sentix de confiança do consumidor para dezembro trouxe surpresa positiva na margem, com dado menos negativo do que o esperado (-21 contra -27,5).
Para hoje, a agenda tem como destaques o ISM de Serviços de novembro nos EUA, que deve ficar em 53,3, dados de encomendas à indústria de outubro e a leitura final do PMI de Serviços, para a qual não se espera revisões no dado preliminar.
Economia Nacional
No âmbito local, a agenda de dados hoje contou apenas com a divulgação do Relatório Focus, que trouxe novas revisões altistas para a inflação, crescimento e juros. O consenso para o IPCA de 2022 foi para 5,92%, enquanto o IPCA esperado de 2023 subiu de 5,02% para 5,08%. Para 2024, houve estabilidade em 3,50%. Em termos de política monetária, a expectativa para a meta da taxa Selic ao final de 2022 permaneceu em 13,75%, mas a de 2023 subiu de 11,50% para 11,75% e a de 2024 de 8,25% para 8,50%, refletindo a deterioração da discussão fiscal corrente. Para o PIB, o consenso para o crescimento de 2022 foi de 2,81% para 3,05%, e o de 2023 avançou para 0,75%, de 0,70%.
No front político, os mercados estarão atentos ao início da tramitação do texto da PEC no Senado, cuja votação deve ocorrer ao longo da semana.