Hoje na Economia – 06/01/2022

Hoje na Economia – 06/01/2022

Ontem a ata da reunião do FOMC mostrou que a política monetária americana pode ser apertada de forma mais rápida, com não apenas alta de juros rapidamente após o fim do programa de compras de títulos, mas também uma aceleração na redução do tamanho do balanço do Fed. Os juros globais sobem após essa notícia e algumas bolsas caem.

Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em queda, reagindo à ata mais hawkish do FOMC. O índice regional MSCI Asia Pacific caiu -1,4%, com recuos de -2,88% no Nikkei225 de Tóquio, -0,25% na bolsa de Xangai e -1,13% no KOSPI de Seul. Ações de tecnologia em Hong Kong se recuperaram após a forte queda de ontem, e ajudaram a levar o Hang Seng de Hong Kong para o terreno positivo, subindo 0,72%. O PMI de serviços no Japão veio acima da prévia (52,1 contra 51,1), enquanto na China o PMI Caixin de serviços veio acima do esperado (53,1 contra 51,7) e do dado anterior (52,1). O iene está se valorizando diante do dólar, 0,21%, cotado a ¥/US$ 115,88.

Na Europa todas as bolsas operam em queda. O índice pan-europeu STOXX600 recua -0,87%, com quedas de -0,33% no FTSE100 de Londres, -0,82% no CAC40 de Paris e -0,74% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,03%, cotado a US$/€ 1,1311. O dado de encomendas à indústria na Alemanha veio acima do esperado (3,7% M/M contra 2,3% M/M). Por outro lado, os dados de inflação regional na Alemanha mostraram aceleração de 0,1 pp, em relação ao mês anterior. No Reino Unido o PMI serviços veio acima da prévia (53,6 contra 53,2). Na Zona do Euro, a inflação ao produtor veio acima do esperado (1,8% M/M contra 1,5% M/M), chegando a novo recorde na variação A/A (23,7% A/A).

Nos EUA, os índices futuros de ações estão operando sem direção única após a forte queda de ontem. O Dow Jones sobe 0,20% e o S&P500 0,04%< mas o NASDAQ cai -0,24%, sendo mais afetado pela alta dos juros. Os juros futuros americanos seguem subindo, com o yueld da Treasury de 10 anos a 1,73% a.a., uma alta de 3 pb em relação ao fechamento de ontem e quase 10 pb em relação ao fechamento de anteontem. O dólar está estável diante de outras moedas, com o índice DXY caindo apenas -0,01%.Hoje sai o ISM serviços, com a expectativa de que ele diminua de 69,1 para 67,0, ainda muito acima do patamar que separa crescimento e contração (50). O presidente do Fed de St Louis, Bullard, faz um discurso sobre economia às 15:15.

Os preços de commodities estão operando sem direção única, com o índice geral da Bloomberg caindo -0,33%. O preço do petróleo tipo WTI sobe 1,57%, cotado a US$ 79,07/barril, e o minério de ferro sobe 2,98%. Por outro lado, há quedas de -2,35% no níquel, -0,72% no cobre, -1,25% no ouro, -1,22% na soja e -0,29% no milho.

No Brasil, hoje já saiu o dado do IPC-FIPE, que ficou acima do esperado na 3ª semana (0,59% contra 0,54%) e no dado mensal (0,57% contra 0,54%). O IGP-DI, por outro lado, veio abaixo do esperado (1,25% contra 1,58%). Hoje será divulgada a produção industrial referente a novembro, com a expectativa mediana do mercado sendo de alta de 0,1% M/M, após quedas em quase todos os meses do ano. Mais categorias de funcionalismo (auditores do Ministério do Trabalho) entraram em greve ontem pedindo reajustes. Hoje o real pode se valorizar, beneficiado pela melhora nos termos de troca e com o dólar global não tendo direção definida. Os juros futuros devem subir e a bolsa cair, no entanto, com preocupações em relação à política fiscal ainda predominando.

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