Hoje na Economia – 06/02/2020
Mercados acionários apresentam forte tendência de alta, nesta manhã. Anima os investidores a perspectiva de que a economia mundial não deverá ser muito afetada pela epidemia de coronavírus. Ademais, o governo chinês anunciou que vai cortar pela metade tarifas sobre US$ 75 bilhões de produtos americanos, como parte do acordo comercial preliminar assinado entre os dois países no mês passado.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, pelo terceiro dia seguido. O apetite ao risco na Ásia foi alimentado, também, por relatos de que cientista na China e no Reino Unido estão próximos em conseguir uma vacina ou tratamento para o coronavírus. O índice MSCI Asia Pacific fechou o pregão de hoje com valorização de 1,3%, recuperando maior parte do terreno perdido com o surgimento da doença. Especula-se, também, que Pequim deverá anunciar redução de impostos e oferecer empréstimos a juros baixos para ajudar as empresas a absorver o impacto da epidemia provocada pelo coronavírus. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,72%, enquanto o Hang Seng teve ganho de 2,64% em Hong Kong. Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei subiu 2,38%, impulsionado pelas ações das montadoras. Na Coreia do Sul, o índice Kospi avançou 2,88% em Seul; o Taiex teve alta de 1,52% em Taiwan. O dólar é negociado a 109,80 ienes, mesmo patamar observado no final da tarde de ontem.
Na Europa, investidores acompanham as bolsas asiáticas, reduzem as preocupações com os impactos do coronavírus sobre a economia global, levando o índice acionário da região STOXX600 a atingir novo recorde. No momento, o STOXX600 sobe 0,27%, acumulando alta de 3,7% na semana, caminhando para o melhor desempenho semanal desde o final de 2016. Principais bolsas de ações da Europa também operam com valorizações expressivas: Londres +0,18%; Paris + 0,61%; Frankfurt +0,59%. O euro troca de mãos a US$ 1,1003, pouco acima do valor de US$ 1,1000 de ontem à tarde.
No mercado americano, o maior apetite ao risco coloca a remuneração das Treasuries em 1,6491%, ligeiramente acima do yield de 1,632% de ontem pela manhã. O dólar, após a alta de ontem, mostra tendência de estabilização, nesta manhã. O índice DXY, que acompanha o valor da divisa americana ante a uma cesta de moedas, recua 0,06%, situando-se em 98,25 pontos. No mercado de ações, os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma abertura positiva: o futuro do Dow Jones sobe 0,29%, no momento; S&P 500 tem alta de 0,22%; Nasdaq avança 0,32%.
Progressos na contenção da epidemia provocada pelo coronavírus e possibilidade de o governo chinês adotar estímulos para atenuar o impacto da epidemia sobre a economia chinesa favorecem as commodities em geral. O índice Geral de Commodity Bloomberg sobe 0,25%, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para março, é negociado a US$ 51,42/barril, com alta de 1,32%, no momento.
Mercado doméstico deve abrir repercutindo a decisão do Copom, que, ontem, cortou a Selic para 4,25%, como esperado pela maioria dos analistas, mas falou em interrupção do atual ciclo de afrouxamento da política monetária. Ou seja, a tendência agora é de estabilização da Selic, mas deixou uma porta aberta para novos estímulos caso o cenário mude. No mercado de juros futuros, o dia será de algum ajuste na curva, adequando à nova sinalização do BC. Bovespa deve abrir em alta, acompanhando o bom humor que predomina nos mercados internacionais, no dia de hoje.