Hoje na Economia – 06/07/2021
Mercados financeiros operam próximos da estabilidade, aguardando ainda ata da reunião do FOMC amanhã, além do retorno de investidores americanos após fim do feriado do 4 de julho.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única. O índice MSCI Asia Pacific subiu 0,2%, influenciado pela alta de 0,16% no Nikkei225 de Tóquio e 0,36% no KOSPI de Seul. Por outro lado, a bolsa de Xangai teve queda de -0,12% e o Hang Seng de Hong Kong -0,25%, com destaque para o setor de tecnologia, uma vez que órgãos do governo chinês estão punindo certas empresas listadas no exterior retirando aplicativos de plataformas de download. O iene está se valorizando 0,20% contra o dólar, cotado a ¥/US$ 110,75.
Os preços de commodities operam em alta hoje. O índice geral da Bloomberg avança 0,98%. As commodities metálicas têm forte elevação, com cobre subindo 1,43% e ferro 2,88%. O destaque no noticiário, no entanto, é o petróleo. A OPEP+ não chegou a acordo novamente e não há data para nova reunião para decidir aumento de produção. O preço do barril tipo WTI sobe 1,69% e alcança US$ 76,4, maior nível desde 2015.
Na Europa o índice pan-europeu STOXX600 tem alta de 0,04%, porém com as principais bolsas da região em queda. O FTSE100 de Londres cai -0,13%, o CAC40 de paris -0,26% e o DAX de Frankfurt -0,34%. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,19%, cotado a US$/€ 1,1841. O índice ZEW de expectativas na Alemanha veio abaixo do esperado (63,3 contra 75,2), tendo queda em relação ao mês anterior (79,8), porém o índice de situação atual melhorou (de -9,1 para 21,9) bem mais que o esperado (5,5). Na Zona do Euro, as vendas no varejo surpreenderam positivamente, com crescimento de 4,6% M/M em maio (contra expectativa de 4,3% M/M).
Nos EUA os futuros de índices de ações operam em queda, de -0,04% no Dow Jones, -0,08% no S&P500 e -0,04% no NASDAQ. O dólar está ganhando valor diante de outras moedas, com o índice DXY subindo 0,15%. Os juros futuros, por sua vez, estão estáveis, com a Treasury de 10 anos a 1,42% a.a.. Os movimentos dos mercados americanos podem se intensificar com o retorno de investidores ao longo do dia. Hoje saem os índices de gerentes de compras do setor de serviços nos EUA. Eles devem ficar acima de 60, indicando ritmo de crescimento forte, mas com ligeira redução em relação ao mês passado, com o ISM serviços devendo cair de 64 para 63,5.
No Brasil, ontem o presidente Jair Bolsonaro anunciou medida provisória estendendo o auxílio emergencial por mais 3 meses, pedindo crédito extraordinário de R$ 20 bi para o Congresso para financiá-lo. Discussões sobre a reforma tributária seguem, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), desejando votar a segunda fase (com mudanças no imposto de renda) antes do recesso parlamentar da metade do mês de julho. Associações de empresários, no entanto, seguem com reclamações sobre a proposta enviada pelo governo. Hoje a agenda de dados econômicos é mais vazia. O mau humor dos últimos dias deve prosseguir, dado o ambiente global não tão bom hoje, com queda na bolsa e alta nos juros futuros. O real, por outro lado, pode se beneficiar da melhora dos termos de troca e se valorizar hoje.