Hoje na Economia – 06/07/2022

Economia Internacional

Ontem, o movimento de aversão ao risco nos mercados globais voltou a se acentuar em reflexo da preocupação com o surgimento de mais casos de Covid-19 na China e da deterioração da percepção acerca do balanço energético na Europa, resultante da redução do fluxo de gás natural ao continente europeu pela Rússia, e que tem alto potencial inflacionário e contracionista. O cenário mais adverso contribuiu para o dolár se apreciar em relação ao euro e a outras moedas, ao passo que commodities energéticas e metálicas apresentaram forte queda.

Nos EUA, as encomendas à indústria cresceram 1,6% M/M em maio, acima das expectativas de 0,5%. As encomendas de bens duráveis também superaram as projeções, vindo em 0,8% M/M ante 0,7% M/M esperados. A despeito das surpresas positivas, os dados não devem alterar o panorama de desaceleração da economia americana.

Na Zona do Euro, os dados de vendas no varejo em maio, divulgados nesta madrugada, voltaram a avançar após o dado ruim de abril, ainda que abaixo do esperado pelo mercado (0,2% M/M vs. 0,4% M/M).

Hoje, a agenda externa tem como destaques a ata do FOMC, que pode trazer sinalizações sobre próximos passos da política monetária, e o ISM de serviços nos EUA. Será divulgado, também, o índice JOLTS de abertura de vagas de trabalho de maio.

Economia Nacional

Divulgada ontem, a produção industrial de maio cresceu 0,3% M/M e 0,5% na comparação interanual, abaixo das expectativas de mercado (0,6% e 1%, respectivamente). Apesar da surpresa negativa, o dado não altera o viés altista para o crescimento do 2º trimestre, uma vez que a abertura apontou boa difusão na alta entre as atividades, atenuando a leitura do headline.

No front político, a votação da PEC dos Benefícios foi novamente postergada no Congresso, possivelmente para esta quinta-feira.

A agenda doméstica hoje segue sem destaques em termos de dados relevantes, enquanto os investidores aguardam a divulgação do IPCA de junho na sexta-feira.