Hoje na Economia 06/11/2020
Principais bolsas internacionais operam entre altos e baixos, sem claro direcional, em meio à indefinição das eleições americanas e ao avanço da pandemia de covid-19, colocando em risco a recuperação global.
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em alta. Investidores acompanham as apurações dos votos nos EUA, buscando definir o melhor cenário, diante de uma vitória de Joe Biden e um Congresso dividido entre democratas e republicanos. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,40% no pregão de hoje. O destaque coube à bolsa japonesa, onde o índice Nikkei subiu 0,91%, em Tóquio, atingindo o maior patamar desde novembro de 1991. O sul-coreano Kospi, por sua vez, teve ganho modesto de 0,11% em Seul, enquanto o Hang Seng teve alta marginal de 0,07% em Hong Kong e o Taiex subiu 0,42% em Taiwan. Na China, o índice Xangai Composto fechou com queda de -0,24%, após quatro altas consecutivas. O dólar é negociado a 103,52 ienes, ficando próximo ao valor de 103, 61 ienes de ontem à tarde.
Entre os ativos americanos, os índices futuros das bolsas de Nova York recuam, nesta manhã, apontando para uma abertura em baixa. O futuro do Dow Jones cai -0,31%, no momento; S&P 500 recua -0,61%; Nasdaq se desvaloriza -0,83%. Investidores avaliam o cenário de vitória do candidato democrata Joe Biden, com um Congresso dividido, como o melhor cenário para os mercados. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos mostra fracas oscilações, permanecendo em torno de 0,77% ao ano. Repercute a reunião do Fomc de ontem, quando o Fed manteve inalteradas as taxas básicas de juros e o seu programa de compra de ativos, mas enfatizando que a economia precisa de mais suporte fiscal e monetário, diante dos riscos decorrentes da pandemia de covid-19. O índice DXY do dólar flutua em torno de 92,47 pontos, um dos menores níveis dos últimos dois anos. Hoje serão divulgados os dados sobre o mercado de trabalho em outubro. A economia americana deve ter criado liquidamente 593 mil vagas no mês, enquanto a taxa de desemprego deve ficar em 7,6%, segundo as projeções dos analistas do mercado.
Na Europa, as principais bolsas da região, após uma abertura sem direcional, mergulharam no vermelho. As preocupações com as medidas de fechamento das principais economias da região devido à nova onda de covid-19 e as indefinições das eleições americanas empurram os investidores para a defensiva. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de -0,36%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde -0,16%; em Paris, o CAC40 cai -0,39%; em Frankfurt, o DAX se desvaloriza -0,49%. O euro é cotado a US$ 1,1830, contra US$ 1,1825 do final da tarde de ontem.
No mercado de commodities, o índice geral de commodity Bloomberg recua -0,12%, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 38,21/barril, com recuo de -1,50%.
No âmbito doméstico, a inflação estará no foco. A FGV divulga o IGP-M de outubro, que deve mostrar inflação de 3,25% no mês e 21,6% em doze meses, acusando ainda as pressões dos preços no atacado. O IBGE divulga o IPCA também de outubro. Pressionado pela alimentação deve mostrar alta de 0,84% no mês e 3,90% no acumulado de doze meses. Em relação aos mercados, expectativas de uma abertura em queda para a Bovespa, em linha com as indefinições eleitorais nos EUA que travam a maioria dos mercados de risco, nesta manhã. Um dólar mais fraco globalmente favorece o real no dia de hoje, enquanto os juros futuros evoluirão de acordo com a leitura dos índices de inflação.