Hoje na Economia – 06/12/2019

Hoje na Economia – 06/12/2019

Investidores tocam os negócios, nesta manhã, com certo otimismo, enquanto aguardam os dados sobre o mercado de trabalho nos EUA. O otimismo pode ser creditado às expectativas animadoras que cercam as negociações comerciais entre EUA e China após o presidente Donald Trump afirmar que algo poderá ser feito em relação às tarifas à China programadas para o dia 15 próximo. Ponderou, contudo, que isso ainda não está em discussão. O dólar encontra-se estável em relação às principais moedas; os juros dos T-Bonds recuam, enquanto commodities operam em alta moderada.

Segundo o consenso do mercado, o relatório de emprego deve mostrar a criação de 183 mil novos postos de trabalho em novembro, subindo ante o volume de 128 mil postos criados no mês de outubro. A taxa de desemprego deve permanecer em 3,6%.

O yield da Treasury de 10 anos recua 0,95% no momento, situando-se em 1,7931% ao ano, enquanto o índice DXY, que avalia o comportamento do dólar frente a uma cesta de moedas, permanece estável. Os futuros dos índices de ações Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam com altas de 0,28%, 0,26% e 0,37%, respectivamente.

As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada, com investidores à espera dos últimos dados do mercado de trabalho americano e acompanhando de perto os desdobramentos das negociações comerciais entre americanos e chineses. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific subiu 0,40%, fechando a semana no positivo pela primeira vez em um mês. Na China, o índice acionário Xangai Composto subiu 0,43% no pregão de hoje, enquanto o Hang Seng teve valorização de 1,07% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei registrou alta de 0,23% em Tóquio, sustentado por ações dos setores de construção e imobiliário. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 1,02% em Seul, enquanto o Taiex teve leve ganho de 0,12% em Taiwan. A moeda americana é negociada a 108,60 ienes de 108,75 ienes no final da tarde de ontem

Os mercados acionários europeu mostram também valorizações significativas, nesta manhã, acompanhando a tendência otimista ditada pelas bolsas asiáticas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,45% no momento, com destaque para papeis do setor varejista e turismo. Em Londres, o FTSE100 avança 0,76%; em Paris, o CAC40 ganha 0,52%; em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,30%. O euro é negociado a US$ 1,1099, recuando ante o valor de US$ 1,1105 de ontem à tarde. O enfraquecimento da moeda comum refletiu o fraco dado de produção industrial da Alemanha, que em outubro recuou 1,7% ante setembro, vindo muito abaixo da expectativa do mercado (+0,2%).

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa moderada, nesta manhã, à espera que a Opep e aliados ratifique o acordo para ampliar os atuais cortes na produção durante a reunião em Viena, nesta sexta-feira. O grupo sinalizou que poderá ampliar os cortes atuais (1,2 milhão de barris dia) em mais 500 mil barris dia até o final de março. Neste momento, o barril de petróleo WTI para janeiro é cotado a US$ 58,34, com queda discreta de -0,15%.

Os mercados domésticos acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA para definir uma tendência para hoje. No mercado de DIs, a divulgação da inflação oficial de novembro poderá alimentar as apostas sobre o fôlego do atual ciclo de afrouxamento monetário. O IBGE divulga às 9h o IPCA de novembro que deverá mostra alta de 0,47%, acumulando inflação de 3,23% nos últimos doze meses.

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