Hoje na Economia – 06/12/2021

Hoje na Economia – 06/12/2021

A agenda econômica é mais fraca nesta semana, merecendo destaque para divulgação da inflação ao consumidor nos EUA, que deve corroborar com o ambiente de pressões inflacionárias persistentes. Os investidores ainda repercutem os sinais mistos dados pelo mercado de trabalho americano de novembro. Os números mais fracos não devem aliviar as apostas na aceleração do ajuste monetário pelo Fed, ao mesmo tempo em que monitoram o noticiário sobre a variante ômicron do coronavírus. Ontem, o principal assessor médico da Casa Branca, Anthony Fauci, disse que estudos preliminares sobre a cepa são “encorajadores”, o que sugere que a nova mutação do patógeno causa casos menos graves da doença.

Riscos de calote da Evergrande e preocupações com a variante ômicron da coronavírus prejudicaram o desempenho das bolsas de ações da Ásia. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,20%. A Evergrande, em comunicado ao mercado, informou que não há garantia de que terá recursos em caixa para honrar obrigações financeiras, após ter sido chamada para pagar US$ 260 milhões em títulos de dívida em dólar. A ação de empresa caiu 19,56% na bolsa de Hong Kong, onde o índice Hang Seng apurou queda de 1,76%. Na China, o índice Xangai Composto perdeu 0,50%. Destaque para o papel da Alibaba que caiu 5,61%, após o anúncio de reestruturação em trocar o comando de sua equipe financeira, visando se adaptar às exigências regulatórias do governo chinês. No Japão, o índice Nikkei recuou 0,17%, com destaque para a ação do SoftBank (-8,20%), que tem grande exposição nas empresas Alibaba e Didi. Em Taiwan, o Taiex registrou queda marginal de 0,05%. Na contramão da região, o sul-coreano Kospi subiu 0,17% em Seul, com destaque para os ganhos do setor eletrônico, contrabalançando temores quanto à ameaça da variante ômicron, que levou a endurecer as restrições de viagens.

Na Europa, as bolsas da região operam em alta firme, à medida que perspectivas menos pessimistas em relação à variante ômicron, deixou em segundo plano dados negativos sobre a produção industrial da Alemanha. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,80%. Em Londres, o FTSE100 avança 0,89%; em Paris, o CAC40 sobe 0,76%; o DAX avança 0,79% em Frankfurt.

Os juros das Treasuries retomam a alta, após o yield do papel de 10 anos despencar para 1,30% ao ano. O mercado parece mostrar um maior apetite ao risco hoje, de olho em sinais de que a variante ômicron do coronavírus acarreta em casos brandos da doença. Nesta manhã, o juro do T-Bond de 10 anos sobe quatro pontos base para 1,39%. O índice DXY do dólar sobe 0,14%, situando-se em 96,25 pontos. O euro opera em baixa de 0,16%, cotado a US$ 1,1298/€; a libra vale 1,3258/£, apreciando 0,17%; a moeda japonesa é negociada a 113,24 ¥/US$, perdendo 0,41%, no momento. Os índices futuros das principais bolsas de Nova York operam com sinais mistos. O futuro do Dow Jones valoriza 0,62%, nesta manhã; S&P 500 mostra alta de 0,19%; Nasdaq opera em queda marginal (-0,09%), refletindo a pressão sobre o setor de tecnologia em meio à expectativa de aperto monetário pelo Fed.

Os contratos futuros de petróleo registram valorização, refletindo o clima otimista nos mercados após notícias quanto à menor periculosidade da cepa ômicron do coronavírus. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para janeiro, é negociado a US$ 68,08/barril, com alta de 2,75%.

Nesta semana, os mercados domésticos ficarão focados na reunião do Copom, que deve elevar a Selic para 9,25%, e com a volta da PEC dos precatórios para a Câmara, após o texto ter sido alterado na aprovação do Senado. A curva dos DIs futuros deve manter a tendência de ajuste baixista, enquanto real deve permanecer desvalorizado com o dólar forte no exterior e queda nos juros futuros. O Ibovespa deve manter tendência de recuperação, mas em meio à volatilidade e sem espaço para ganhos significativos.

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