Hoje na Economia – 07/02/2024
Cenário Internacional
Nesta madrugada, foi divulgada a produção industrial de dezembro na Alemanha, que mostrou retração superior à esperada pelos analistas (-1,6% M/M vs. -0,5% M/M) e acumula queda de 3,0% na comparação interanual.
Os discursos de membros de bancos centrais de economias desenvolvidas seguem reforçando o tom de cautela. Mester e Kashakri, do Fed, que discursaram ontem, e Schnabel, do ECB, mantiveram a mensagem de que ainda não veem espaço para uma antecipação do início do ciclo de cortes de juros.
Para hoje, a agenda econômica global terá como foco os discursos de membros do Fed. Collins, Barkin e Bowman têm falas agendadas. No front de dados, a agenda inclui a divulgação das estatísticas de crédito ao consumidor de dezembro, nos EUA.
Cenário Brasil
No âmbito local, as vendas no varejo referentes a dezembro frustraram as expectativas do mercado e recuaram 1,3% M/M no conceito restrito, ante variação esperada de +0,1% M/M. O desempenho negativo do dado de dezembro teve contribuição das quedas nas vendas de itens de vestuário e bens duráveis, em especial móveis e eletrodomésticos. No conceito ampliado, o setor varejista também surpreendeu para baixo ao registrar queda de 1,1% M/M, ante expectativa de +0,4% M/M, e desacelerou para 0,0% na comparação interanual. No todo, a leitura mais fraca do varejo em dezembro não deve alterar nossa visão de estabilidade do PIB no 4º trimestre.
O setor público consolidado teve déficit primário de R$ 129,6 bilhões em dezembro de 2023, conforme divulgado pelo Banco Central nesta manhã. A expectativa consensual do mercado apontava para um resultado de R$ -125,5 bilhões, já inferior ao observado no mês anterior (R$ -37,3 bilhões). No acumulado do ano de 2023, o déficit primário ficou em R$ 249,1 bilhões, condizente com 2,29% do PIB. A dívida líquida em proporção do PIB subiu de 59,5% para 60,8%, acima do esperado pelos analistas.