Hoje na Economia 07/05/2019

Edição 2248

07/05/2019

Mercados de ações internacionais operam, nesta terça-feira, majoritariamente em baixa. Permanecem as preocupações em torno das conversações comerciais entre EUA e China. Notícias de que autoridades chinesas devem ir a Washington negociar ajudou a atenuar, mas não eliminou por completo a aversão ao risco. O vice primeiro ministro da China, Liu He, irá visitar Washington na quinta-feira e sexta-feira para uma nova rodada de discussões comerciais com os americanos.

Na Ásia, bolsas da região fecharam sem sinal único, mas prevalecendo o viés de baixa. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou perda de 0,11% na sessão de hoje. No Japão, retornando de feriados, a bolsa de Tóquio registrou perdas. O índice Nikkei caiu 1,51%, com destaque para as quedas de eletrônicos e maquinaria. Na China, a bolsa de Xangai teve ganho de 0,69%, recuperando-se da maior queda diária desde 2016 ocorrida no pregão de ontem. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou alta de 0,52%, acompanhando o movimento da bolsa chinesa. Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve perda de 0,88% em Seul; já o Taiex avançou 0,83% em Taiwan. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 110,58 ienes, com a moeda japonesa apresentando ligeira valorização diante da cotação de 110,69 ienes de ontem à tarde.

A Europa segue a tendência ditada pelos mercados asiáticos, prevalecendo o mau humor decorrente do conflito comercial entre americanos e chineses. O índice STOXX600 opera com queda de 0,32%, nesta manhã. Principais bolsas da região acompanham a queda: Londres, por voltar de feriado, registra a maior baixa: -0,76%; Paris -0,49% e Frankfurt -0,37%. O euro é negociado a US$ 1,1203, se valorizando ante a cotação de US$ 1,1195 de ontem à tarde.

No mercado americano, o juro pago pela T-Bond de 10 anos sobe 0,14%, encontrando-se em 2,476% ao ano, após registrar quedas mais acentuadas em reflexo da busca por ativos seguros, em meio à aversão ao risco que tomou conta dos mercados. O índice DXY mostra-se relativamente estável, nesta manhã, mas os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York operam com pesadas quedas: futuro do Dow Jones cai 0,45%; do S&P 500 recua 0,47%; Nasdaq perde 0,52%.

No mercado de petróleo, o contrato futuro para entrega em junho do produto tipo WTI é negociado a US$ 61,87/barril, com queda de 0,59%, por conta não só do impasse ocorrido nas negociações bilaterais entre EUA e China, mas como o aumento da tensão geopolítica no Irã. Demais commodities também operam no vermelho: o índice geral de commodity da Bloomberg registra queda de 0,46%, no momento.

Em um dia de fraca agenda econômica doméstica, os investidores continuarão de olho nas negociações comerciais entre EUA e China, bem como nas intrigas políticas que predominam no núcleo do poder, num momento em que a reforma da Previdência entra em momento decisivo, com o início dos trabalhos na comissão especial. O baixo apetite por risco que se observa nos mercados internacionais deve pesar sobre a bolsa brasileira, que somado à queda dos preços do petróleo, permite acreditar em um dia de baixa para a Bovespa.