Hoje na Economia 07/06/2019
Edição 2271
07/06/2019
As principais bolsas internacionais operam em alta nesta manhã, estimuladas pelos avanços nas negociações entre EUA e México sobre tarifas e imigração, como também pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) de adiar uma possível elevação dos juros deste ano para meados de 2020. Há também cautela no ar, enquanto se espera pelo relatório de emprego dos EUA que será publicado logo mais (às 9h30). Em maio, o ritmo de criação de vagas manteve o padrão de lenta desaceleração dos últimos meses, segundo as projeções do mercado. Os analistas projetam criação líquida de 175 mil postos de trabalho no mês, recuando diante dos 263 mil registrados em abril. A taxa de desemprego deve se manter em 3,6%.
Em que pese esse quadro de virtual pleno emprego apresentado pelo mercado de trabalho americano, os contratos de juros futuros precificam corte dos juros básicos ainda neste ano. No momento, os futuros das taxas de juros dos fed funds precificam probabilidade de 93% para um corte de juros em setembro. Reação aos sinais de perda de fôlego da economia em razão da deterioração das condições financeiras internacionais por conta da guerra comercial. No momento, o dólar mostra ligeira alta frente às principais moedas. O dólar index situa-se em 97,07 pontos, subindo 0,05%. O juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 2,1207% ao ano (+0,15%), enquanto os futuros de ações apontam para uma abertura em alta firme: Dow Jones sobe 0,31%; S&P 500 avança 0,29%; Nasdaq ganha 0,38%.
As bolsas europeias operam em alta nesta manhã favorecidas pelos avanços entre os EUA e México nas questões comerciais e imigratórias, como também pela postura mais dovish do BCE. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com valorização de 0,86% no momento, a maior alta diária em dois meses. Principais bolsas de ações da região operam no azul: Londres 0,69%; Paris 1,47% e Frankfurt 0,83%. O euro é negociado a US$ 1,1255, recuando em relação à cotação de US$ 1,1278 de ontem à tarde.
Na Ásia, mercados operaram em ritmo mais contido devido aos feriados que mantém fechadas as bolsas da China, Hong Kong e Taiwan. O índice MSCI Asia Pacific teve valorização de 0,1 %, no pregão de hoje. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,53%, impulsionado por ações de fabricantes de eletrônicos e corretoras. O dólar é negociado a 108,53 ienes, contra 108,36 ienes de ontem à tarde. E Seul, o sul-coreano Kospi avançou 0,16%, com uma recuperação que veio no final do pregão.
No mercado de petróleo, os contratos futuros operam em alta, surfando o ambiente mais favorável ao risco com a moderação das tensões comerciais entre EUA e México. No momento, o contrato futuro do barril de petróleo tipo WTI para julho sobe 1,41%, sendo cotado a US$ 53,32.
No Brasil, o foco dos mercados hoje se encontra na divulgação da inflação oficial de maio. Segundo o consenso do mercado, o IPCA subiu 0,20% no mês, colocando a inflação acumulada nos últimos doze meses em 4,73%. Será divulgado também o IGP-DI de abril, para o qual se projeta 0,29% no mês e 6,78% em doze meses.