Hoje na Economia – 07/06/2021
O ambiente internacional continuará favorecendo os ativos de riscos, principalmente as bolsas de ações, ao longo da semana. Investidores estão otimistas com a retomada do crescimento econômico global, mas ao mesmo tempo avaliam os riscos inflacionários, em meio a temores de que os BCs comecem a drenar a liquidez dos mercados à medida que crescem as pressões inflacionárias.
Nesta segunda-feira, além das preocupações com a inflação, os investidores avaliam os impactos de possível aumento de impostos sobre as empresas, principalmente de tecnologia, em contrapartida ao financiamento do pacote de investimentos de cerca de US$ 4 trilhões pretendido pelo governo do presidente Joe Biden. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam entre altos e baixos, nesta manhã. O futuro do Dow Jones tem alta marginal de 0,03%; S&P 500 recua -0,21%; Nasdaq tem queda mais acentuada de -0,26%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 2 pontos base, para 1,58% ao ano, após Janet Yellen, Secretaria do Tesouro, afirmar que um ambiente de juros ligeiramente mais altos seria benéfico à economia americana. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas fortes, situa-se em 90,17 pontos, com alta discreta de 0,04%, no momento.
Na Ásia, dados sobre a balança comercial chinesa abaixo do esperado prejudicaram o desempenho das bolsas da região, que fecharam sem direcional único. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o dia próximo da estabilidade. Na China, em maio, tanto as exportações como as importações chinesas subiram fortemente em relação a igual mês de 2020, favorecidas por uma base de comparação fraca devido ao choque da pandemia de covid-19. Mas os resultados vieram abaixo das estimativas do mercado. Em Xangai, o índice Composto subiu 0,21%, no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,27% em Tóquio; enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,37% em Seul. Em Taiwan, o Taiex apurou queda de 0,37%. O dólar é negociado a 109,42 ienes, recuando ante a cotação de 109,53 ienes do final de sexta-feira.
Na Europa, as bolsas locais mostram resultados mistos. Dados industriais mais fracos divulgados na Alemanha azedaram o humor dos investidores europeus. As encomendas à indústria caíram 0,2% em abril na comparação mensal (+3,9% m/m em março), contrariando a previsão do mercado que era de alta de 0,8% m/m. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta discreta de 0,04%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,23%; o CAC40 recua -0,06% em Paris; em Frankfurt, o DAX cai -0,07%. O euro desvaloriza 0,09%, sendo negociado a US$ 1,2157.
Os contratos futuros de petróleo recuam nesta manhã, decorrente de movimentos de realização de lucros, após as altas significativas ocorridas na semana passada. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 69,10/barril, com queda de 0,75%.
No Brasil, o momento segue favorável aos ativos de maneira geral, muito embora os fortes ganhos recentes na bolsa e no câmbio sugerem certa acomodação no curto prazo. Novos avanços dependerão da evolução da agenda econômica, que nesta semana contempla o IPCA de maio; dados sobre as vendas do comércio e volume de serviços, ambos de abril; a evolução da MP da Eletrobrás no Senado e a continuidade da CPI da Covid-19 também no Senado.