Hoje na Economia – 07/08/2019
Edição 2312
07/08/2019
Investidores focam no movimento de moedas, nesta quarta-feira, após ações dovishes de bancos centrais na Ásia. O dólar neozelandês teve forte queda após o banco central ter reduzido a taxa básica de juros do país além do esperado pelos mercados. Esse movimento ocorreu após a China ter fixado a taxa de câmbio em 6,9996 yuans/dólar, ainda abaixo dos 7 dólares, mas acima das previsões dos analistas. O dólar australiano acompanhou a queda do neozelandês, na expectativa de novo corte de juros pelo banco central local. Na Índia, a rúpia pouco se moveu após o corte de juros (de 5,75% para 5,40%) ocorrido hoje. A moeda japonesa se apreciou diante desse quadro de instabilidades, com o dólar valendo 106,21 ienes nesta manhã (106,26 ienes ontem à tarde).
A busca por segurança tem levado a forte queda nas taxas de juros dos bônus soberanos. O juro que remunera o bônus japonês (JGB) de dez anos recuou para -0,197%; o Bund alemão de dez anos tem juro de -0,460%; o yield do T-Bond de mesma maturidade situa-se em 1,680%. O dólar mantém-se relativamente estável diante das moedas fortes, mas avança diante das moedas emergentes.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa, não acompanhando a recuperação parcial observada ontem nos mercados acionários de Nova York, motivada pela percepção de que a China se absteve de desencadear uma guerra cambial em meio às disputas comerciais com os Estados Unidos. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,33%. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,32%; O sul-coreano Kospi perdeu 0,41% em Seul. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta marginal de 0,08%.
Na Europa, bolsas de ações operam em alta firme, buscando se recuperar das fortes quedas de ontem. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com valorização de 1,03%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,89%; o CAC40 avança 1,36% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem alta de 1,40%. O euro troca de mão a US$ 1,1183, muito próximo do valor de US$ 1,1180 de ontem à tarde.
No mercado americano, expectativa de uma abertura positiva para a bolsa de Nova York, conforme se depreende dos índices futuros de ações, que operam em alta, nesta manhã. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,41%; do S&P 500 avança 0,38%; Nasdaq tem valorização de 0,67%.
No mercado de petróleo, as cotações da commodity não se recuperam diante de preocupações relativas à demanda derivadas do recrudescimento das disputas comerciais entre EUA e China. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para entrega em setembro é negociado a US$ 53,45/barril, com queda de 0,35%.
O mercado doméstico continuará refém da evolução dos acontecimentos externos, envolvendo, principalmente, as questões entre EUA e China. Na agenda econômica, o IBGE divulga as vendas do comércio varejista nacional de junho, que no conceito restrito, devem ter aumentado 0,5% no mês e 0,6% na comparação anual. No front político, a Câmara dos Deputados deve concluir, esta noite, a votação em segundo turno da reforma da Previdência.