Hoje na Economia – 07/08/2024

Cenário Internacional

Na China, houve divulgação do saldo comercial de julho, que veio mais fraco do que o esperado pelo mercado. O superávit de US$ 84,65 bilhões foi inferior à projeção mediana do mercado (US$ 98,35 bilhões) e ao dado anterior (US$ 99,05 bilhões). A surpresa baixista foi explicada por uma alta mais tímida das exportações, que cresceram 7,0% A/A ante 9,5% A/A esperado, enquanto as importações surpreenderam para cima (7,2% A/A vs. 3,2% A/A).

No overnight, o vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida, indicou que a autoridade monetária japonesa deve manter a política estimulativa de juros no curto prazo, e que não elevaria a taxa de juros em momentos de turbulência nos mercados.

Na Alemanha, saiu a produção industrial de junho. A indústria alemã registrou expansão de 1,4% M/M, superando a projeção consensual dos analistas de 1,0% M/M. Em termos anualizados, a produção industrial acumula variação de -4,1%.

Para hoje, o restante da agenda internacional tende a ser pouco movimentado. Nos EUA, serão divulgados os dados de crédito ao consumidor referentes a junho.

Cenário Brasil

No âmbito local, foi divulgado o IGP-DI de julho, que registrou variação superior à esperada pelos analistas (0,83% M/M vs. 0,71% M/M) e alcançou 4,16% na comparação interanual. No dado de julho, a taxa de variação mensal dos preços ao produtor acelerou de 0,55% para 0,93%, puxada pela aceleração de produtos industriais (minério de ferro, gasolina e adubos e fertilizantes). Os preços ao consumidor subiram 0,54% M/M, refletindo o impacto altista de itens administrados, como a energia elétrica (acionamento da bandeira tarifária amarela em julho) e a gasolina (reajuste promovido pela Petrobras). O INCC teve variação de 0,72% no mês, mas houve alguma descompressão dos custos com mão de obra em relação ao dado anterior (de 1,23% M/M para 0,74% M/M).