Hoje na Economia – 07/10/2024

Cenário Internacional

Na Europa, os dados de atividade divulgados no overnight corroboraram uma atividade mais fraca na margem. As encomendas à indústria registraram queda de -5,8% M/M em agosto na Alemanha, contração mais intensa do que a esperada pelo mercado (-2,0% M/M). Na Zona do Euro, o índice Sentix de confiança do investidor veio levemente acima do esperado (-13,8 vs. -15,4), mas permaneceu em terreno negativo. As vendas no varejo também vieram ligeiramente mais fracas do que a expectativa dos analistas em termos anualizados. O setor varejista cresceu 0,8% A/A em agosto, ante projeção mediana de 1,0%.

Para hoje, a agenda internacional contempla a divulgação dos dados de crédito ao consumidor em agosto, nos EUA. Bowman e Kashkari, do Fed, têm discursos agendados.

Cenário Brasil

No âmbito local, foi divulgado o IGP-DI de setembro, que avançou 1,03% M/M e superou a projeção mediana dos analistas (0,85% M/M). O dado referente ao mês de setembro acelerou em relação a agosto e foi pressionado pelos preços ao produtor, que variaram 1,2% M/M na esteira da elevação das cotações de commodities agropecuárias. Puxado pela soja em grão, pela carne bovina, pelo leite in natura e pela laranja, o IPA-Agrícola subiu 3,55% na margem. Os preços ao consumidor avançaram 0,63% M/M, refletindo o impacto altista da energia elétrica, enquanto o INCC teve variação de 0,58%. Na comparação interanual, o IGP-DI acumulou alta de 4,83%.

O Relatório Focus desta segunda-feira não trouxe revisões relevantes das expectativas de mercado. O consenso para o IPCA deste ano foi marginalmente revisado em 1 pb, para 4,38%, enquanto a inflação esperada para o ano que vem permaneceu estável em 3,97%. Para 2026 e 2027, as expectativas também permaneceram estáveis em 3,60% e 3,50% – respectivamente. No cenário de juros, a mediana do mercado manteve a projeção de Selic em 11,75% a.a. ao final deste ano e em 10,75% a.a. no encerramento de 2025.