Hoje na Economia – 07/12/2022

Economia Internacional

A revisão final do PIB do 3º trimestre na Zona do Euro, divulgada no overnight, apontou expansão de 0,3% T/T, superior à leitura preliminar (0,2% T/T) e compatível com crescimento interanual de 2,3%.

Na Alemanha, a produção industrial surpreendeu positivamente ao apresentar queda menor do que a esperada em outubro (-0,1% M/M ante -0,6% M/M), puxada pelo setor de construção, que registrou expansão de 4,2% M/M. Por outro lado, a produção de energia acentuou a trajetória de queda na margem, contraindo 7,6% M/M contra 1,2% no mês anterior. Houve também revisão para cima do dado de setembro, que saiu de 0,6% M/M para 1,1% M/M.

Na China, os dados de setor externo divulgados no overnight mostraram balança comercial mais fraca do que o esperado, puxada por surpresa negativa nas exportações. O foco dos mercados, em contrapartida, permanece sobre o noticiário associado às medidas de flexibilização na política de Covid-Zero anunciadas hoje e de estímulos ao crescimento.

Para hoje, a agenda global segue pouco movimentada, tendo como destaque a divulgação da leitura final do custo unitário do trabalho referente ao 3º trimestre nos EUA, que deve ficar em 3,1% T/T.

Economia Nacional

No front político, a PEC da Transição foi aprovada na sessão de ontem da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, com prazo de 2 anos – conforme esperado – e impacto potencial total de R$168 bilhões, inferior ao inicialmente proposto. Hoje o Parecer deve seguir para votação no plenário do Senado. No todo, a leitura é de que a PEC trouxe expressiva expansão fiscal e a discussão acerca das formas de financiamento dos gastos adicionais deve ser ponto de atenção dos mercados ao longo dos próximos meses.

O IGP-DI registrou deflação de -0,18% M/M em novembro, em linha com o esperado, e desacelerou para 6,02% no acumulado em 12 meses. Os preços ao produtor caíram 0,43% M/M, enquanto os preços ao consumidor subiram 0,57% M/M, pressionados pela alta de 1,06% em Alimentação.

Hoje, o restante da agenda doméstica conta com a divulgação dos dados da Anfavea de produção de veículos em novembro. Em termos de política monetária, o COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) terá sua última reunião do ano. A expectativa da SulAmérica Investimentos é de que haverá manutenção dos juros em 13,75%, igual à mediana das projeções, mas abaixo da precificação do mercado, que é de ligeira alta, refletindo a deterioração do debate fiscal.