Hoje na Economia – 08/01/2021
O otimismo comanda os negócios, nesta manhã. O bom humor dos investidores pode ser creditado às expectativas animadoras que cercam o futuro governo de Joe Biden, que contará com maioria no Congresso. Espera-se por mais estímulos fiscais, que ajudarão a impulsionar a economia americana. Paralelamente, o avanço da vacinação contra a covid-19 em todo mundo eleva a confiança dos investidores, reforçando o cenário de recuperação global. A expectativa de maior dinamismo econômico alimenta a alta dos futuros das bolsas de Nova York e dos mercados europeus, ao mesmo tempo fortalece o dólar e o petróleo.
A expectativa de maior dinamismo da economia americana sustenta a alta dos yields das Treasuries. O T-Note de 10 anos sobe dois pontos base para 1,09% ao ano, nesta manhã, O índice DXY do dólar, mantém o movimento de alta de ontem e avança para 90,06 pontos, com alta de 0,27%, no momento. Investidores aguardam pela payroll de dezembro, que deverá mostrar um mercado de trabalho mais fraco. Segundo o consenso do mercado, o relatório de emprego deve mostrar a criação de 50 mil novos postos de trabalho em dezembro, recuando ante o volume de 215 mil postos criados no mês de novembro. A taxa de desemprego deve subir de 6,7% em novembro para 6,8% com o novo dado. Os futuros dos índices de ações Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam com altas de 0,24%, 0,27% e 0,36%, respectivamente, nesta manhã.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, impulsionadas por ações de tecnologia, principalmente as ligadas a carros elétricos e semicondutores. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou com valorização de 1,5%, a maior alta diária dos últimos dois meses. O destaque ficou para o índice Kospi, da bolsa de Seul, que subiu 3,97%, suportado principalmente pelas ações da Hyundai, que subiram 22,8%, após relatos de negociações com a Apple na fabricação de um carro elétrico. No Japão, o índice Nikkei valorizou 2,36% e o Hang Seng avançou 1,20% em Hong Kong, ambos os mercados favorecidos pelos papéis de tecnologia. Na contramão da região, na China a bolsa de Xangai terminou o dia em queda. O índice Xangai Composto apurou queda moderada de -0,17%, que ainda repercute a decisão da bolsa de Nova York (NYSE) de excluir empresas de tecnologia chinesa.
Na Europa, o mercado de ações caminha para fechar a semana com o melhor resultado desde novembro. A alta de hoje é impulsionada por papeis dos setores de viagens e tecnologia, em meio ao otimismo com o avanço da vacinação contra covid-19 em vários países. O índice STOXX600 opera com ganho de 0,58%, no momento. As principais praças da região também operam no azul: Londres +0,14%; Paris +0,32%; Frankfurt +0,77%. O euro é negociado a US$ 1,2233, recuando -0,33% ante a moeda americana.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta, ainda repercutindo as chances de a Opep+ reduzir a oferta da commodity em futuro próximo em meio às expectativas de retomada mais firme da economia global. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para fevereiro é cotado a US$ 51,11/barril, com alta de 0,57%.
Os mercados domésticos deverão, também, surfar o otimismo externo, enquanto esperam pela divulgação do relatório de emprego dos EUA. O Ibovespa deve continuar em alta, caminhando em busca dos 125 mil pontos. O mercado de DIs, além de acompanhar o movimento de alta dos juros das Treasuries, estará de olho na divulgação da atividade industrial de novembro. O IBGE divulga às 9h a produção industrial, que deve ter subido 1,4% m/m, a sétima alta seguida nessa base de comparação. Em relação a novembro de 2019, espera-se crescimento de 3,3%.