Hoje na Economia – 08/02/2022
A abertura das principais bolsas internacionais sugere um dia positivo à medida que tanto os futuros americanos como as bolsas da Europa operam em alta, motivadas por bons resultados corporativos divulgados, que ajudam a atenuar as preocupações com a inflação e o aperto monetário, sustentando o sentimento do investidor.
As possíveis implicações do aperto monetário sobre o crescimento global deixam os investidores na defensiva, resultando em elevação dos yields dos títulos soberanos das principais economias globais. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu três pontos base para 1,95% ao ano, o maior nível desde dezembro de 2019, com alguns investidores apostando que poderá atingir 3% ainda este ano, com o Fed enfrentando o mais grave cenário inflacionário desde 1980. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a uma cesta de moedas fortes, opera em alta, de olho na inflação ao consumidor (CPI) que será divulgada na quinta-feira, que deve ajudar a moldar as expectativas quanto à elevação dos juros americanos. O DXY sobe 0,26% no momento, a 95,65 pontos. O euro é negociado a US$ 1,1406/€, desvalorizando 0,31%, enquanto a libra é cotada a US$ 1,3540/£, mostrando ligeira apreciação de 0,03%. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam no azul, sugerindo um dia de recuperação para o mercado à vista após as perdas de ontem. Hoje serão divulgados os balanços da Pfizer; S&P Global; KKR e Thomson Reuters, entre outros. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,26%; S&P 500 avança 0,27%; Nasdaq valoriza 0,23%.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem um denominador comum. Afetou os negócios na região a nova ofensiva dos EUA contra as empresas chinesas. O Departamento do Comércio dos EUA incluiu 33 entidades chinesas em uma lista de companhias sujeitas a regras de exportações mais rigorosas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,02% na sessão de hoje, sendo que as ações da empresa WuXi Biologics registraram queda superior a 20%. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,24%. No Japão, o Nikkei teve queda moderada de 0,13% em Tóquio. O sul-coreano Kospi fechou perto da estabilidade (+0,05%), enquanto o Taiex valorizou 0,37% em Taiwan. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,10%.
Na Europa, as principais bolsas exibem altas firmes, nesta manhã. Resultados corporativos positivos divulgados pela petrolífera britânica BP e pelo banco francês BNP Paribas contribuem para o bom desempenho das ações europeias. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,68%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,56%; o CAC40 avança 0,82% em Paris; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,57%.
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, nesta manhã, estendendo as quedas de ontem, enquanto os investidores monitoram as negociações sobre o acordo nuclear com o Irã e as tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para março recua 0,68%, cotado a US$ 90,70/barril.
No Brasil, o destaque da agenda de hoje é a divulgação da ata da reunião do Copom, que na semana passada elevou a taxa Selic para 10,75% ao ano. O mercado já concentra suas apostas em uma alta de 1,0 ponto na reunião de março, com muitos acreditando ser a derradeira do atual ciclo de ajuste. O documento poderá dar mais detalhes sobre a estratégia adotada pela autoridade monetária. O Ibovespa deve abrir em alta acompanhando os futuros americanos, enquanto aguarda por importantes balanços previstos para hoje. O dólar deve subir, enquanto os juros futuros curtos se ajustarão às sinalizações da ata e os vértices longos devem ser influenciados pela alta dos yields dos treasuries.