Hoje na Economia – 08/05/2020
Mercados abrem em alta diante de sinais de alívio nas recentes tensões comerciais entre EUA e China, em meio à pandemia de coronavírus. A cautela persiste, enquanto se aguarda por novos fluxos de dados que mostrarão os efeitos devastadores que a pandemia do coronavírus provocou sobre a economia americana. Logo mais (9h30) será divulgado o relatório de emprego (payroll) referente a abril. Segundo a mediana das projeções do mercado, no período houve destruição líquida de 22,0 milhões de vagas (-701 mil em março). A taxa de desemprego subirá de 4,4% em março para 16% com o dado de abril.
No mercado americano, o índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana em relação a outras seis moedas fortes, opera em baixa modesta (-0,14%) nesta manhã, situando-se em 99,75 pontos. Em dia de menor aversão ao risco, a remuneração das Treasuries recua: o juro pago pelo T-Note de 10 anos tem queda de 1,59%, situando-se em 0,6307%. No mercado futuro, os três principais índices de ações da bolsa de Nova York operam em alta, no momento. O futuro do Dow Jones sobe 1,0%; S&P 500 avança 1,01%; Nasdaq tem alta de 0,92%.
Na Ásia, as bolsas locais fecharam em alta generalizada, impulsionadas pelos sinais de entendimento entre chineses e americanos a cerca da implementação da fase 1 do acordo comercial. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 1,6%, no pregão de hoje. Autoridades chinesas e americanas conversaram hoje por telefone, com ambos se comprometendo a melhorar a cooperação nos âmbitos da saúde pública e da economia, prometendo criar condições favoráveis para a implementação do acordo comercial bilateral, de “fase 1” assinado em janeiro. Na bolsa de Xangai, o índice Composto fechou com valorização de 0,83%. No Japão, o Nikkei se valorizou 2,56% em Tóquio, impulsionado, principalmente, por ações ligadas ao setor de transporte marítimo. O Hang Seng apurou ganho de 1,04% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi teve avanço de 0,89% em Seul. Em Taiwan, o Taiex registrou ganho de 0,54%. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 106,38 ienes, ante 106,28 ienes de ontem à tarde.
Na Europa, as bolsas acompanham o otimismo moderado que favoreceu os mercados asiáticos, enquanto aguardam pelos dados sobre o mercado de trabalho americano. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,57%. Em Paris, o CAC40 tem alta de 0,71%, enquanto o DAX avança 0,65% em Frankfurt. Londres, mercados fechados por conta de feriado local. O euro é negociado a US$ 1,0840, com discreta alta de 0,05%.
Os contratos futuros de petróleo, bem como as principais commodities, operam em alta, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para julho, é cotado a US$ 24,37/barril, se valorizando 3,48%, no momento.
A Bovespa deve manter sua trajetória incerta e volátil dos últimos pregões, evoluindo ao sabor das notícias sobre as turbulências políticas domésticas, como também sofrendo os efeitos dos dados americanos sobre os mercados mundiais. Na agenda econômica, o IBGE divulga às 9h o IPCA de abril, que deve registrar deflação de 0,24%, acumulando alta de 2,46% em doze meses, situando-se abaixo do piso da meta de inflação deste ano. Mais cedo, a FGV apresenta o IGP-DI, também de abril, que deve apresentar alta de 0,35% no mês e 6,44% em doze meses.