Hoje na Economia – 08/07/2019

Hoje na Economia – 08/07/2019

Edição 2291

08/07/2019

Investidores iniciam a semana cautelosos. Esperam pelo testemunho que Jerome Powell, presidente do Fed, fará na quarta-feira e quinta-feira próximas no Congresso americano, na qual deverá dar sinais sobre a evolução da política monetária americana. Diminuíram as apostas em um corte mais agressivo de juros pelo Fed na reunião deste mês, após a divulgação do relatório de emprego americano na sexta-feira, mostrando que o ritmo de crescimento da economia permanece forte.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam em queda no pregão de hoje. Na China, o índice Xangai Composto apurou queda de 2,58%. O banco central da China (PBoC) informou que as reservas cambiais do país aumentaram US$ 18,23 bilhões, um resultado em linha com a previsão dos analistas (US$ 19 bilhões). O avanço nas reservas cambiais chinesas ocorreu pelo segundo mês consecutivo. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,98%, refletindo o fortalecimento do iene diante do dólar, prejudicando as ações das exportadoras. O dólar é negociado a 108,46 ienes no momento, diante de 108,59 ienes de sexta-feira à tarde. Em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa de 1,54%, enquanto o Kospi sul-coreano fechou o dia com perda de 2,20%, refletindo as restrições japonesas as exportações de semicondutores. O Taiex apurou queda de 0,32% em Taiwan.

Na Europa, as bolsas locais também operam no vermelho, ainda que com quedas mais modestas do que as observadas no pregão asiático. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, flutua em torno da estabilidade, variando -0,01%, no momento. Além das preocupações com os próximos passos da política monetária americana, questões políticas locais também estão no foco, como a eleição geral da Grécia, vencida pela Nova Democracia. No campo corporativo, destaque para o Deutsche Bank, cuja ação sobe 3% em Frankfurt, após o banco anunciar planos de uma grande reestruturação, que inclui corte de 18 mil postos de trabalho. Demais praças operam com quedas discretas: Londres -0,14%; Paris -0,013%; Frankfurt -0,07%. O euro é negociado a US$ 1,1224, mantendo, praticamente, a mesma cotação do final de sexta-feira (US$ 1,1225).

No mercado americano, os sinais de um mercado de trabalho dinâmico, espelhando uma economia forte, levou a remuneração do T-Bond de 10 anos de volta a níveis acima de 2,0%. Nesta manhã, o yield da Treasury de 10 anos encontra-se em 2,0268% ao ano. O dólar recua 0,09% diante da cesta de moedas, segundo o índice DXY, que se situa em 97,21 pontos. O mercado futuro de ações de Nova York aponta para uma abertura em baixa para o pregão desta segunda-feira. O índice futuro do Dow Jones recua 0,22%, no momento; do S&P 500 cede 0,18%; Nasdaq perde 0,38%.

No mercado futuro de petróleo, o contrato do produto tipo WTI para agosto recua 0,12% nesta manhã, sendo negociado a US$ 57,44/barril. Tensões geopolíticas envolvendo o Irã e um dólar mais fraco podem impulsionar o valor da commodity ao longo do dia de hoje.

No mercado doméstico, investidores devem operar de olho nas movimentações políticas. Buscam avaliar as chances do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de conseguir realizar a votação da reforma da Previdência em dois turnos no plenário já nesta semana, segundo agenda fechada com líderes partidários, em reunião no sábado. Líderes do governo afirmam contar com apoio de 330 deputados, numa avaliação conservadora.

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