Hoje na Economia – 08/07/2022

Economia Internacional

Ontem o dia foi positivo para os ativos de risco globais, com recomposição de parte das perdas do início da semana. Noticiário de possibilidade de estímulo adicional na China animou os mercados já na abertura. Ademais, dados positivos de atividade nos EUA, sugerindo alguma resiliência da economia americana em meio à probabilidade de recessão também ajudaram na diminuição do pessimismo. No entanto, seguimos avaliando que o receio com recessão deve continuar repercutindo nos mercados, que *seguem* bem voláteis.

Ontem, também, discursaram Bullard e Waller, membros do FED. As falas mantiveram o viés hawkish, posto que ambos seguem dando mais peso à inflação vis-à-vis o nível de atividade, minimizaram o risco de contração maior que a esperada na economia americana e reafirmaram a sinalização de mais uma alta de 75 pb na próxima reunião do FOMC.

Hoje, o maior destaque da agenda internacional é o payroll americano de junho, para o qual o mercado projeta criação de 268 mil vagas, desacelerando ante o dado anterior mas ainda mostrando um mercado de trabalho robusto.

Economia Nacional

O IGP-DI de junho avançou 0,62% M/M, em linha com a expectativa da SulAmérica Investimentos (0,63% M/M). O índice foi impactado positivamente pela desaceleração nos preços ao produtor, refletindo o arrefecimento dos preços de importantes commodities agrícolas na margem.

O Banco Central divulgou ontem os dados em atraso referentes ao IBC-Br, que indicou alta da atividade doméstica de 1,09% no mês de março e e queda de 0,44% em abril, corroborando o cenário de crescimento do PIB ao redor de 1,5% neste ano.

No front político, a votação da PEC dos Auxílios foi adiada na Câmara por problemas relacionados à falta de quórum. Apesar disso, o relatório deve ser mantido sem alterações e ainda se espera que a PEC seja votada antes do recesso do Congresso.

Para hoje, a agenda reserva a divulgação do IPCA de junho, que deve avançar 0,7% M/M de acordo com a projeção da SulAmérica Investimentos. Em dose complementar, saem os dados de vendas de veículos da Anfavea, além da atualização do Relatório Focus pelo Banco Central.