Hoje na Economia – 08/09/2020

Hoje na Economia – 08/09/2020

Mercados financeiros voltam a operar majoritariamente em baixa, com preocupações sobre exagero nos preços de ações de tecnologia levando à mais um dia de queda nesse mercado, além de falas do presidente americano, Donald Trump, acerca de acirramento da guerra comercial com a China, agora ameaçando punir companhias americanas que façam negócios com o país asiático ou criem empregos fora do país americano.

Na Ásia a maioria das bolsas fechou em alta, com o índice MSCI Asia Pacific subindo 0,4%. Houve avanços de 0,80% no índice Nikkei225 do Japão, 0,14% no índice Hang Seng de Hong Kong e +0,72% na bolsa de Xangai na China. O iene está praticamente estável diante do dólar, valorizando-se 0,01%, cotado a ¥/US$ 106,26.

Na Europa as bolsas operam em queda. Há recuo de -1,10% no índice pan-europeu STOXX600, -0,31% no FTSE100 de Londres -1,34% no CAC40 de Paris e -0,94% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,15%, cotado a US$/€ 1,1799, enquanto a libra se deprecia 0,90%, a US$/£ 1,3047, com preocupações em relação à demora para chegar a um acordo comercial entre Zona do Euro e Reino Unido.

Nos EUA os índices futuros de ações operam em queda. O recuo é bem mais intenso no NASDAQ (-2,44%) do que nos outros índices: -0,07% no Dow Jones e -0,78% no S&P500. O dólar está ganhando valor contra outras moedas, em especial contra países emergentes, com o índice DXY subindo 0,60%. Os juros futuros americanos estão caindo hoje, com o yield da Treasury de 10 anos recuando 3 pb, para 0,68% a.a..

No mercado de commodities, o índice geral de commodity Bloomberg cai -1,21%, com recuos em especial nos preços de commodities ligadas a energia. O preço do barril de petróleo tipo WTI cai -5,23%, cotado a US$ 37,68, com aparente menor demanda após a China ter recuperado seus estoques estratégicos. Há queda forte também no ouro (-0,56%) e no níquel (-1,32%).

No Brasil, o IPC-S da 1ª semana de setembro veio em linha com as expectativas, com variação de 0,48% contra mediana de projeções de 0,49%. Por outro lado, o IGP-DI veio bem mais forte, com variação de 3,87% M/M contra mediana de projeções de 3,00% M/M. Na semana ainda serão divulgados dados de IPCA, vendas no varejo e pesquisa mensal de serviços. Hoje os mercados brasileiros devem abrir de forma cautelosa. Em termos políticos, há a notícia de que o governo federal deve aceitar a derrubada do veto da desoneração da folha de pagamento (marcado para dia 9), tentando como compensação conseguir apoio para a reforma tributária dos setores beneficiados. A bolsa brasileira deve cair, os juros futuros devem subir e o real se depreciar com esse ambiente externo desfavorável, noticiário político ruim e pressão inflacionária nos preços ao produtor.

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