Hoje na Economia – 08/09/2021
As principais bolsas internacionais operam em baixa nesta manhã. Os investidores mostram-se preocupados com os efeitos da disseminação da variante delta da covid-19 sobre a economia mundial. Muitos analistas avaliam como excessiva a valorização das ações nos EUA à medida que o crescimento no resto do mundo é afetado por novas rodadas de lockdown, interrompendo a abertura das economias. Há muitas incertezas se o mundo está pronto para o início da redução gradual (tapering) dos estímulos monetários pelos bancos centrais.
Na Ásia, os mercados de ações operaram sem direção única, em linha com o comportamento de Wall Street ontem, em meio a crescentes preocupações com os efeitos dos avanços das infecções de covid-19 sobre as expectativas de crescimento global. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,2%. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,89%, atingindo o maior patamar em quase seis meses. Ajudou nessa performance, a notícia sobre o PIB japonês do 2º trimestre, que foi revisado para cima, a 1,9% em termos anualizados. Na China, os mercados fecharam próximos da estabilidade. O índice Xangai Composto apurou queda discreta de -0,04%. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,77% em Seul, enquanto em Taiwan, o ressurgimento de infecções com covid-19 afetou negativamente o mercado de ações, levando o índice Taiex a encerrar o dia com perda de 0,91%. No mercado de moedas, o iene é cotado a ¥ 110,22/US$, com ligeira apreciação (+0,02%), no momento.
Na Europa, as bolsas exibem fortes quedas, nesta manhã. Receios quanto à perda de fôlego do crescimento da economia da região se misturam à expectativa de que o Banco Central Europeu possa dar início à redução dos estímulos emergenciais. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 opera com queda de 1,18%, no momento. Em Londres, o FTSE100 cai 1,12%; o CAC40 perde 1,16% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 1,36%. O euro é negociado a US$ 1,1819, perdendo 0,18% no momento, enquanto a libra vale US$ 1,3861, perdendo 0,17%.
No mercado americano, os juros dos Treasuries de longo prazo operam em baixa, nesta manhã. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 2 pontos base para 1,35% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a uma cesta de moedas, opera em alta, nesta manhã. O índice situa-se em 92,71 pontos, com alta de 0,21%, mantendo os ganhos da sessão anterior. No pregão eletrônico, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa: o futuro do Dow Jones cai 0,38%; S&P 500 recua 0,23%; Nasdaq desvaloriza de 0,22%. Hoje os investidores acompanharão as manifestações de alguns dirigentes do Fed e a divulgação do Livro Bege sobre as condições econômicas regionais.
Os contratos futuros do petróleo operam em alta, buscando uma reação após as perdas recentes diante de dúvidas sobre as perspectivas da demanda da commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para outubro é negociado a US$ 68,74/barril, com alta de 0,59%, no momento.
No mercado doméstico, a FGV divulgará o IGP-DI de agosto, que deverá mostrar alta modesta de 0,05% no mês, acumulando alta de 28,42% na comparação com agosto do ano passado. O dia deve começar repercutindo os atos promovidos pelo governo durante as comemorações de 7 de setembro. O ambiente político continuará tensionado à espera de novos desdobramentos na crise político-institucional. Não é um ambiente convidativo ao risco. O Ibovespa deve abrir em baixa, o dólar operar em alta e os juros futuros pressionados, nesse ambiente de maior risco.