Hoje na Economia – 08/10/2021
O foco estará voltado para os Estados Unidos, nesta sexta-feira, onde será divulgado o relatório de emprego referente a setembro. Nas últimas semanas, diversos dirigentes do Fed têm enfatizado a necessidade de começar a redução das compras de ativos (tapering) ainda neste ano, diante da atual dinâmica da economia, em meio às elevadas pressões inflacionárias. Esse debate deve ganhar ênfase com a divulgação da payroll de setembro, nesta manhã. Segundo as projeções dos analistas, a economia americana criou 500 mil novas vagas no mês, recuperando-se do baixo volume criado em agosto (235 mil), prejudicado pelo avanço da variante delta do novo coronavírus, que impôs limitações pelo lado da oferta de mão de obra. A pesquisa domiciliar, por sua vez, deve continuar mostrando elevação da ocupação e queda na taxa de desemprego, que deve cair de 5,2% de agosto para 5,1% com o dado de setembro.
Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. Acompanharam o desempenho exibido por Wall Street ontem, que voltou a se valorizar após o Congresso dos EUA aprovar um acordo provisório para manter o financiamento do governo até o final do ano. O índice regional de ações MSCI fechou com alta de 0,30%. Na China, os mercados retomaram os negócios após uma semana de feriado. Indicadores divulgados mostram melhora no ritmo de atividade da economia chinesa, após o controle do surto recente de covid-19. O índice dos gerentes de compras (PMI) composto, calculado pela Caixin/Media, subiu de 47,2 em agosto para 51,4 em setembro. Em Xangai, o índice Composto registrou ganho de 0,67%. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,55%. Em Tóquio, o Nikkei teve valorização de 1,34%; enquanto o sul-coreano Kospi caiu 0,11% em Seul. Em Taiwan, o Taiex desvalorizou 0,44%.
O yield da Treasury de 10 anos situa-se em 1,60% ao ano, atingindo o maior nível desde junho, enquanto o índice DXY situa-se em 94,28 pontos, com alta marginal de 0,06%. O euro é negociado a US$ 1,1560/€, com valorização marginal de 0,07%; a libra vale US$ 1,3611/£, desvalorizando 0,07%; o iene é cotado a 111,88 ¥/US$, com queda de 0,22%. Os índices futuros das bolsas de Nova York não mostram tendência clara esta manhã. Os futuros dos índices de ações Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam com quedas discretas de -0,07%%, -0,15% e -0,24%, respectivamente.
Os mercados acionários europeu iniciaram o dia em baixa, repercutindo as quedas nas ações do setor de tecnologia. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe queda de 0,39%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,08%; em Paris, o CAC40 recua 0,42%; em Frankfurt, o DAX perde 0,26%.
Os contratos futuros do petróleo operam em alta, nesta manhã. Refletem, ainda, notícias de que os EUA não têm intenção de liberar suas reservas estratégicas para segurar os preços da commodity. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para novembro, é negociado a US$ 79,39/barril com alta de 1,39%.
Os mercados domésticos acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA, que será importante para a definição do dólar e para a Bovespa. Os investidores estarão atentos, também, à divulgação do IPCA de setembro, que deve mostrar alta de 1,25% no mês e 10,33% em doze meses, segundo a mediana das projeções dos analistas. Sinais de que esse dado representou o pico da inflação no atual ciclo podem trazer algum alívio para a curva de juros futuros.