Hoje na Economia – 09/01/2020

Hoje na Economia – 09/01/2020

Melhorou o humor dos investidores, diante da acomodação da crise no Oriente Médio. Em pronunciamento ontem, um dia depois do ataque iraniano contra duas bases usadas por militares americanos no Iraque, o presidente dos EUA, Donald Trump, preferiu evitar uma escalada no conflito, optando apenas por impor mais sanções econômicas ao Irã. Sem novos sinais de acirramento das tensões, o apetite ao risco voltou a ganhar força.

Na Ásia, mercados de ações fecharam em alta generalizada. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific subiu 1,3% no pregão de hoje, atingindo o maior nível desde junho de 2018. Em Tóquio, o índice acionário japonês Nikkei teve alta de 2,31%, enquanto na China, o Xangai Composto avançou 0,91%. Contribuiu também para o bom humor dos investidores, a informação dada pelo Ministério de Comércio da China sobre a ida de uma delegação do país, encabeçada pelo vice primeiro ministro Liu He, à Washington entre os dias 13 e 15 para assinar o acordo comercial da fase 1 com os EUA. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng se valorizou 1,68% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi mostrou alta de 1,63% em Seul e o Taiex subiu 1,30% em Taiwan. O dólar subiu diante da moeda japonesa, neste momento de menor aversão ao risco. O dólar é cotado a 109,42 ienes no momento, contra 109,09 ienes de ontem à tarde.

O alívio das recentes tensões no Oriente Médio também impulsionou as bolsas europeias. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,38%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,58%; o CAC40 avança 0,35% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem valorização de 1,14%. A taxa de desemprego da zona do euro ficou em 7,5% em novembro, inalterada em relação a outubro, em linha com o crescimento moderado da economia da região. No mercado de moedas, o euro é cotado a US$ 1,1101 com ligeiro recuo diante do valor de US$ 1,1112 do final da tarde de ontem.

Esse ambiente de menor aversão ao risco, que toma conta dos mercados nesta manhã de quinta-feira, leva os futuros de ações americanos a operarem no azul, apontando para mais um dia de prováveis novos recordes na bolsa de Nova York. No momento, o índice futuro do Dow Jones opera com valorização de 0,33%; do S&P 500 avança 0,35%; Nasdaq tem alta de 0,50%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu para 1,8468% ao ano de 1,7916%, observado ontem pela manhã. O índice DXY, que acompanha o valor da moeda americana diante de uma cesta de moedas fortes, tem alta discreta de 0,08%, situando-se em 97,38 pontos.

Os futuros do petróleo operam com alta modesta, nesta manhã. O contrato futuro do produto tipo WTI para fevereiro é negociado a US$ 59,62/barril, com alta de 0,02%.

No Brasil, o ambiente de maior apetite ao risco deve favorecer a Bovespa que deve voltar a operar em níveis próximos aos recordes recentes. Câmbio e juros devem mostrar fracas oscilações, com ligeiro viés de baixa. Na agenda doméstica, o IBGE divulga a produção industrial do mês de novembro. Segundo a mediana das projeções do mercado, a produção recuou 0,7% na comparação mensal, o que significa uma queda de 0,8% em relação a novembro de 2018.

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