Hoje na Economia – 09/02/2022
Os ajustes nos portfólios dos investidores, decorrentes da expectativa de alta iminente dos juros pelos principais bancos centrais, deram uma trégua, nesta quarta-feira, com a diminuição do movimento de venda de títulos soberanos, estabilizando o rendimento desses papéis, enquanto as bolsas de ações operam em alta, com destaque para o setor de tecnologia.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, embaladas pelo bom desempenho de Wall Street ontem, interrompendo dois pregões seguidos de quedas. O índice MSCI Asia Pacific registrou alta de 1,20%, na sessão desta quarta-feira, com destaque para ações de tecnologia e consumo discricionário. A bolsa de Hong Kong liderou os ganhos na região, com destaque para as ações da Alibaba. O índice Hang Seng fechou com ganho de 2,06%. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,08% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,81% em Seul e o Taiex valorizou 1,03% em Taiwan. Na China, em um pregão volátil, onde a participação de fundos estatais foi importante para a definição da tendência do dia, o índice Xangai Composto encerrou o dia mostrando valorização de 0,79%.
Na Europa, a recuperação das ações de tecnologia impulsiona as bolsas locais, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 1,38%. O dia também será marcado pela divulgação de balanços corporativos, como Maersk e banco ABN Amro. No momento, na bolsa de Londres, o índice FTSE100 sobe 0,81%; em Paris, o CAC40 avança 1,58%; em Frankfurt, o DAX valoriza 1,37%.
No mercado americano, os futuros das bolsas de Nova York operam em alta, sugerindo que os mercados à vista poderão estender os ganhos auferidos ontem. Investidores devem acompanhar o balanço de grandes empresas com destaque para os resultados da Disney. No momento, o índice futuro do Dow Jones sobe 0,54%; S&P 500 avança 0,72%; Nasdaq valoriza 0,84%. Os rendimentos dos Treasuries operam em baixa, nesta manhã. O yield do T-Bond de 10 anos recua três pontos base para 1,93% ao ano, com investidores à espera de comentários de dirigentes do Fed às vésperas da divulgação da inflação ao consumidor amanhã. O índice DXY do dólar recua 0,09%, para 95,55 pontos, com o euro negociado a US$ 1,1421/€, apreciando 0,05%; enquanto a libra vale US$ 1,3563/£, valorizando 0,15%, no momento.
Os contratos futuros de petróleo oscilam em torno da estabilidade, nesta manhã de quarta-feira. O contrato futuro do produto tipo WTI, para março, é negociado a US$ 89,34/barril, com queda marginal de 0,02%. Expectativas em torno das negociações sobre o acordo nuclear com o Irã e a divulgação dos estoques de petróleo dos EUA pelo Departamento de Energia (DoE) marcam o mercado, nesta quarta-feira.
A agenda doméstica prevê a divulgação de importantes indicadores, que devem mexer, principalmente, com o mercado de renda fixa. O IBGE divulga o IPCA de janeiro, que, segundo o consenso do mercado, deve mostrar alta de 0,55% no mês e 10,39% em doze meses. Divulga também as vendas do comércio varejista nacional de dezembro, que no conceito restrito devem recuar -0,6% na margem e -3,2% na comparação com igual mês de 2020. No conceito ampliado, incluindo as vendas de automóveis e materiais de construção, o volume vendido deve mostrar alta de 0,8% m/m e queda de -1,9% a/a. O Ibovespa deve subir no pregão de hoje, acompanhando a tendência positiva do exterior, principalmente da Nasdaq. O real deve se apreciar, enquanto os juros futuros devem responder aos dados de inflação e comércio.