Hoje na Economia – 09/05/2024

 Cenário Internacional

Nesta madrugada, foram divulgados dados da balança comercial chinesa referentes a abril, que vieram melhores do que o esperado pelos analistas e deram suporte aos preços de commodities. As exportações tiveram alta de 1,5% A/A neste mês, acima do esperado e do observado em março (-7,5% A/A), enquanto as importações cresceram 8,4% A/A, ante 4,7% A/A esperado.

Para hoje, a agenda global não possui maiores destaques, contando apenas com a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA, que vieram acima do esperado (231 mil vs. 212 mil).

 Cenário Brasil

No âmbito local, o COPOM reduziu a meta para a taxa Selic em 25 pb – de 10,75% para 10,50% – em linha com a expectativa da SulAmérica Investimentos e da mediana do mercado. A decisão, no entanto, não foi consensual, na medida em que 5 membros votaram pelo corte de 25 pb (incluindo o Presidente Roberto Campos Neto), enquanto 4 membros votaram por um corte de 50 pb. No comunicado, o comitê adotou tom lido como mais hawkish ao destacar que o ambiente externo segue adverso em função da incerteza elevada, e que o dinamismo mais intenso do que o esperado do mercado de trabalho doméstico, somado a expectativas de inflação desancoradas, segue demandando maior cautela na condução da política monetária. As projeções de inflação do comitê para 2024 e 2025 foram revisadas para cima: de 3,5% para 3,8% neste ano, e de 3,2% para 3,3% no próximo. Em termos de sinalização, a ausência de forward guidance no comunicado deve ter refletido a falta de consenso entre os membros do comitê, de modo que a ata a ser divulgada na próxima semana tende a trazer maior detalhamento dos próximos passos. Seguimos vendo espaço para cortes adicionais de 25 pb, mantendo nossa projeção de Selic terminal ao final deste ano em 9,75%.