Hoje na Economia – 09/09/2022
Cenário Internacional
Ontem, o Banco Central Europeu elevou as taxas básicas de juros em 75 pb, em linha com o esperado pela SulAmérica Investimentos e pela mediana de mercado, levando a taxa de refinanciamento de 0,5% para 1,25%, a de empréstimo de 0,75% para 1,5% e a depósito de 0% para 0,75%. No comunicado, o comitê trouxe revisões altistas para a sua trajetória esperada de inflação, que deve ficar em 8,1% em 2022, 5,5% em 2023 e 2,3% em 2024. Em termos de crescimento, o ECB projeta expansão de 3,1% neste ano e 0,9% no ano que vem, o que não sugere expectativa de recessão na Zona do Euro. Para as próximas reuniões, o comunicado sinalizou que antevê novas altas com ritmo a ser definido “reunião-a-reunião” e a depender da evolução dos dados.
Nos EUA, os pedidos semanais de seguro-desemprego desta semana vieram pouco abaixo do esperado (222 mil contra 235 mil esperados). O volume de crédito ao consumidor referente a julho também frustrou as expectativas e veio abaixo do esperado (US$ 23 bilhões contra US$ 32 bilhões esperados), refletindo o aumento do custo do crédito vis-à-vis a alta de juros e o desaquecimento da demanda.
Divulgados no overnight, os dados de inflação na China trouxeram surpresas positivas. Os preços ao produtor tiveram variação de 2,3% A/A, abaixo do esperado pelo mercado (3,2% A/A) e desacelerando em relação ao dado anterior (4,2%). Os preços ao consumidor também desaceleraram na margem, de 2,7% A/A para 2,5% A/A, ante expectativa de leve aceleração para 2,8% A/A.
Para hoje, a agenda global conta com discursos de membros do Fed e com a divulgação dos estoques no atacado de julho nos EUA.
Cenário Nacional
O destaque da agenda doméstica hoje é a divulgação do IPCA de agosto, para o qual projetamos variação de -0,36% M/M, ligeiramente inferior à esperada pelo mercado (-0,4%). No front político, será divulgada a pesquisa Datafolha.