Hoje na Economia – 09/12/2019

Hoje na Economia – 09/12/2019

Mercados internacionais abrem os negócios nesta segunda-feira sem um direcional claro. Investidores à espera por novidades sobre os entendimentos comerciais entre EUA e China, à medida que se aproxima data do dia 15, quando um novo aumento de tarifas sobre produtos chineses entrará em vigor. Há preocupações também diante de uma semana bem recheada de eventos importantes, como as decisões de política monetária pelo Fed e pelo Banco Central Europeu (BCE).

Na Ásia, as bolsas da região fecharam em alta, motivadas pelo rali visto em Nova York na esteira dos bons números sobre o mercado de trabalho dos EUA, divulgados na sexta-feira. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific subiu 0,40% no pregão de hoje. Os fracos dados sobre a balança comercial da China, divulgados no final de semana, esfriaram o entusiasmo dos investidores. As exportações chinesas apresentaram queda de 1,1% em novembro ante igual mês de 2018, frustrando as projeções dos analistas que previam crescimento de 1%. As importações chinesas subiram 0,3% nessa mesma base de comparação, o primeiro avanço anual em sete meses. O consenso do mercado previa estabilidade. Em Xangai, o índice Composto encerrou o dia com alta discreta de 0,08%. O Hang Seng registrou perda marginal de 0,01% em Hong Kong, após a onda de protestos em Hong Kong ultrapassar a marca de seis meses. Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei avançou 0,33% em Tóquio; o sul-coreano Kospi mostrou valorização de 0,33% em Seul; e o Taiex teve alta de 0,44% em Taiwan. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 108,49 ienes de 108,59 ienes no final de sexta-feira.

Na Europa, pesaram os fracos dados sobre o setor externo da China, realimentando as preocupações com a desaceleração da atividade global. O índice pan-europeu de ações tem queda discreta de 0,16%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 recua 0,11%; em Paris, o CAC40 perde 0,26%;o DAX tem queda marginal de 0,12% em Frankfurt. O euro troca de mãos a US$ 1,1064 subindo em relação ao valor de US$ 1,1057 do final de sexta-feira. A libra esterlina voltou a ganhar fôlego com as pesquisas de intenção de voto reforçando a preferência do eleitorado pelo Partido Conservador, o que facilitaria um Brexit “organizado”. No momento, a libra é cotada a US$ 1,3161 de US$ 1,3137 de sexta-feira à tarde.

Os índices futuros da bolsa de Nova York operam em baixa e os juros dos Treasuries caem nesta manhã, após os dados fracos da balança comercial da China, que acusa os impactos da prolongada da guerra comercial. No momento, o futuro do Dow Jones recua 0,10%; S&P 500 perde 0,11%; Nasdaq tem queda de 0,12%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,8208%, com recuo de 0,85%. O índice DXY perde 0,10%, refletindo o enfraquecimento da moeda americana frente a uma cesta de seis moedas fortes. Os investidores aguardam a reunião de política monetária do Fed, na quarta-feira, que deverá manter os juros inalterados, segundo o consenso do mercado.

Os mercados de commodities também são afetados negativamente pelos dados de enfraquecimento da balança comercial chinesas. O índice geral de commodity Bloomberg recua 0,47%, nesta manhã. O contrato futuro de petróleo WTI para janeiro é negociado a US$ 58,78/barril, com queda de 0,71%.

A Bovespa também deve acusar os efeitos negativos decorrentes dos resultados decepcionantes das exportações da China, divulgados neste final de semana, devendo abrir em queda acompanhando a tendência ditada pelos futuros de ações de Nova York. O recuo nos preços das commodities nesta manhã pode afetar negativamente o real diante do dólar, enquanto a curva de juros futuros deve flutuar entre margens estreitas à espera da reunião do Copom na próxima quarta-feira.

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