Hoje na Economia 09/12/2020

Hoje na Economia 09/12/2020

Um ambiente propício à tomada de risco comanda os negócios nesta manhã de quarta-feira. O otimismo dos investidores é alimentado pela perspectiva de vacinas para a covid-19 e estímulos econômicos nos EUA, atenuando as preocupações com o avanço do novo coronavírus em várias partes do globo.

Na Ásia, após dois pregões em queda, as bolsas, em sua maioria, voltaram a operar no azul. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific encerrou a sessão de hoje com ganho de 0,70%. Os novos recordes alcançados pelas bolsas de Nova York e a expectativa em torno de estímulos econômicos nos EUA motivaram os investidores na Ásia. No Japão, em meio ao avanço de nova onda de contaminações pelo covid-19, o otimismo com as chances de uma vacina prevaleceu. O índice Nikkei subiu 1,33% em Tóquio, com destaque para as ações dos setores de eletrônicos e automobilístico. Na China, após uma abertura em alta, o índice Xangai Composto acabou encerrando o dia com queda de -1,12%, cedendo a movimentos de realização de lucros. Foi divulgado o índice de preços ao consumidor de novembro, que recuou -0,5% em relação ao mesmo mês de 2019, vindo abaixo das projeções do mercado que previam estabilidade. Esse recuo deveu-se à queda nos preços da carne, principalmente a de porco, com a normalização da oferta. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou alta de 0,75%; enquanto o sul-coreano Kospi avançou 2,02% em Seul. Em Taiwan, o Taiex terminou com alta moderada de 0,21%. O dólar é negociado a 104,15 ienes, mantendo-se próximo da cotação de ontem à tarde (104,17 ienes).

Na Europa, além de vacinas contra covid-19 e estímulos fiscais nos EUA, uma abertura positiva também é favorecida pela possibilidade de que Reino Unido e União Europeia cheguem a um acordo comercial que atenda aos interesses de ambos os lados no pós-Brexit. No momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600 sobe 0,46%. Em Londres, o FTSE100 tem alta de 0,53%; O CAC40 avança 0,33% em Paris; em Frankfurt, o DAX se valoriza 0,82%. O euro é negociado a US$ 1,2124, com alta de 0,17%.

No mercado americano, os futuros de ações das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, sinalizando que o mercado acionário poderá dar prosseguimento às valorizações recentes, após o S&P 500 e o Nasdaq fecharem em níveis recordes históricos ontem. Com a Casa Branca mostrando-se favorável a um novo pacote fiscal de suporte à economia, no valor de US$ 902 bilhões, aumentam as perspectivas de que um acordo seja alcançado em breve, No momento, no mercado futuro, o índice Dow Jones sobe 0,30%; S&P 500 se valoriza 0,24%; Nasdaq registra avanço marginal de 0,05%. Entre os Treasuries, o juro do T-Note de 10 anos sobe dois pontos base para 0,94% ao ano. Em dia de menor aversão ao risco, o dólar recua frente às principais moedas: o índice DXY do dólar cai -0,22% nesta manhã, situando-se em 90,76 pontos.

No mercado de commodities, o contrato futuro do petróleo WTI para janeiro opera com alta de 0,96%, cotado a US$ 46,04/barril, enquanto se aguarda as estatísticas oficiais, apurada pelo Departamento de Energia (DoE) dos EUA sobre os estoques americanos.

No mercado doméstico, o foco será a reunião do Copom, que deve anunciar o resultado hoje às 18hs. O consenso aponta para a manutenção da Selic em 2,0%. O interesse estará no comunicado que acompanhará a decisão. O colegiado deverá anotar uma piora do balanço de riscos para a inflação, mas afastando hipótese sobre eventual aumento do juro no curto prazo. O Copom deve manter o “forward guidance” inalterado. A Bovespa e o real devem continuar se beneficiando do impulso externo, enquanto os DIs devem oscilar entre margens estreitas à espera do Copom.

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