Hoje na Economia – 09/12/2021
As principais bolsas internacionais não mostram um denominador comum, nesta manhã. Os mercados da Ásia fecharam em alta, a abertura na Europa é positiva e os futuros americanos dão sinais mistos. Dólar e petróleo sobem.
Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em alta, pelo terceiro pregão consecutivo, liderados pelo bom desempenho da China e Hong Kong. Os investidores reavaliam suas preocupações em relação à nova variante ômicron do coronavírus, após a Pfizer informar que a vacina produzida pela farmacêutica é eficaz, quando aplicada em regime de três doses. Essa notícia afastou temores de novas restrições à mobilidade, reduzindo riscos à economia global. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 0,40%. Os destaques da região foram as bolsas da China e Hong Kong, diante dos esforços do governo em dar suporte ao crescimento econômico chinês, o que beneficiou as ações de tecnologia da informação e de consumo discricionário. Em Xangai, o índice Composto apurou ganho de 0,98%, enquanto o Hang Seng subiu 1,08% em Hong Kong. Na Coreia do Sul, o Kospi teve o sétimo dia consecutivo de ganhos, fechando a sessão de hoje com alta de 0,93% em Seul. Em Taiwan, o índice Taiex valorizou 0,46%. Na contramão da região, o índice Nikkei contabilizou perda de 0,47% em Tóquio, pressionado pelas ações dos setores automotivo e eletrônico.
As principais bolsas da Europa exibem ganhos modestos nesta manhã, buscando se recuperar das fortes quedas da véspera. Os investidores monitoram o noticiário sobre a variante ômicron do coronavírus, enquanto observam alguns governos adotando medidas rígidas de controle da mobilidade. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,18%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe modestos 0,08%; o CAC40 avança 0,16% em Paris, enquanto em Frankfurt, o DAX opera perto da estabilidade.
No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou dois pontos base, para 1,49% ao ano, refletindo as preocupações dos investidores de protegerem seus portfólios das incertezas referentes à variante ômicron mediante a compra de treasuries. Os sinais de um Fed disposto a antecipar a alta dos juros têm resultado em progressivo achatamento da curva de yield, com os juros curtos em alta, enquanto os longos recuam. O índice DXY do dólar opera em alta de 0,16%, nesta manhã, situando-se em 96,05 pontos. À medida que diminuem as preocupações com a nova cepa do coronavírus, a tendência é que a atenção do câmbio se volte para os bancos centrais. Na próxima semana, Fed, Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra divulgam decisões de política monetária. Nesta manhã, o euro desvaloriza 0,19%, cotado a US$ 1,1321/€ e a libra é negociada a US$ 1,3207/£ (+0,02%). No mercado de ações, o futuro do índice Dow Jones recua 0,23% no momento; S&P cai 0,19%; Nasdaq perde 0,25%.
Os contratos futuros de petróleo operaram em alta, ao longo da madrugada, com investidores ponderando os baixos riscos representados pela variante ômicron sobre a demanda da commodity. No momento, no entanto, o contrato do produto tipo WTI é cotado a US$ 71,98/barril, caindo 0,51%, por conta de ajustes técnicos.
Por aqui, os mercados abrem digerindo a reunião do Copom, que ontem elevou a Selic para 9,25% como previsto e deixou contratado outra alta de 1,5 ponto percentual para fevereiro, em meio a um linguajar bem duro (hawkish), externando as preocupações do colegiado com a desancoragem das expectativas inflacionárias. A curva de DIs futuros deve se achatar, com os curtos mais pressionados do que os longos, se ajustando a comunicação do Copom. O dólar deve recuar, enquanto o Ibovespa deve manter a recente trajetória de alta.