Hoje na Economia – 09/12/2024
Na China, a reunião do Politburo apresentou um tom mais dovish, destacando maior suporte à economia. Dados de inflação mostraram deflação ao produtor menos intensa, porém inflação ao consumidor abaixo do esperado, indicando cenário misto no curto prazo. No Japão, o PIB foi revisado para cima, sugerindo um ritmo mais forte de recuperação econômica.
Na Zona do Euro, o índice Sentix de confiança econômica caiu, reforçando os desafios econômicos da região. A situação política também chamou atenção: na Coreia do Sul, a tentativa de impeachment do presidente falhou, enquanto na Síria, rebeldes assumiram o poder, planejando uma transição de 18 meses até as próximas eleições. Na Ucrânia, o presidente Zelensky dialogou com Donald Trump sobre garantias de segurança e o congelamento do conflito, além de sinalizar conversas futuras com Joe Biden sobre adesão à OTAN.
Cenário Brasil
O relatório Focus revelou uma forte intensificação da desancoragem das expectativas inflacionárias. As projeções para o IPCA subiram para 4,84% em 2024 (ante 4,71%), 4,59% em 2025 (ante 4,40%), 4,00% em 2026 (ante 3,81%) e 3,58% em 2027 (ante 3,50%). A Selic foi revisada para 12% em 2024 (de 11,75%) e 13,50% em 2025 (de 12,63%). O PIB foi ajustado para 3,39% em 2024 (de 3,22%) e 2,00% em 2025 (de 1,95%).
A deterioração do balanço de riscos do Banco Central, com desancoragem inflacionária e aumento da percepção de risco, é um ponto crítico. A política monetária segue sob pressão em um contexto de alta das projeções de inflação e Selic.