Hoje na Economia – 10/02/2021
Mercados iniciam esta quarta-feira operando entre altos e baixos, sem direcional único. Investidores digerem importantes balanços trimestrais divulgados nos EUA e na Europa, enquanto avaliam as tratativas em torno do pacote de estímulo fiscal proposto pelo presidente Joe Biden, em meio a sinais de que a pandemia de covid-19 arrefece em várias regiões do globo.
Na Ásia, as bolsas fecharam em alta. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, encerrou o dia registrando ganho de 0,70%, o quarto pregão seguido de alta. Investidores se preparam para o feriado do ano-novo chinês, que manterá os mercados chineses fechados entre amanhã e a próxima quarta-feira. Em Xangai, o índice Composto subiu 1,43%, em seu terceiro pregão seguido de ganhos, prevalecendo certo otimismo antes dos feriados. Foram divulgados os índices de inflação na China. O índice de preços ao produtor (PPI) subiu 0,3% em janeiro ante igual mês do ano anterior, enquanto o índice de preços ao consumidor (CPI) teve deflação de 0,3% na mesma base de comparação. No Japão, o índice Nikkei teve alta moderada 0,19% em Tóquio, com destaque para ações da Toyota, que divulgou balanço melhor que o esperado. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta de 1,91%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,52% em Seul. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,11%, cotado a ¥/US$ 104,48.
No mercado americano, o dólar tem leve recuo diante das principais moedas, enquanto se espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI), nesta manhã. As projeções mostram que, em janeiro, a inflação subiu 0,3% m/m para o índice cheio e 0,2% m/m para o núcleo (Core CPI). Em 12 meses, ambos indicadores mostrarão alta de 1,5%, de acordo com o consenso entre os analistas. O índice DXY do dólar situa-se em 90,29 pontos, recuando -0,16%. Entre os Treasuries, o rendimento do T-Note de 2 anos permanece em 0,11% ao ano, enquanto o juro do T-Note de 10 anos recuou um ponto base para 1,16% ao ano. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta moderada, no momento: o futuro do Dow Jones sobe 0,32%; S&P 500 avança 0,35%; Nasdaq valoriza 0,54%. Na agenda, o presidente do Fed, Jerome Powell, discursa em evento em Nova York hoje às 16h de Brasília.
Na Europa, as bolsas locais abriram em alta seguindo o tom positivo dos índices futuros dos mercados acionários de Nova York, como também embaladas pelos resultados corporativos divulgados. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,24%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,15%; o CAC40 tem alta de 0,13% em Paris; em Frankfurt, o DAX oscila em torno da estabilidade. O euro é negociado a US$ 1,2127, com ligeira valorização (0,07%) ante ao dólar.
Os contratos futuros de petróleo operam em baixa moderada, em meio a realização de lucros, após as altas das últimas semanas. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para março é negociado a US$ 58,28/barril, com queda marginal de -0,15%.
No Brasil, a agenda continuará sendo monopolizada pela política. Hoje deve ser votado na Câmara o projeto de lei que confere autonomia ao Banco Central. Pressionado pelo Congresso e pela ala política do governo, o presidente Bolsonaro deve anunciar a volta do auxílio emergencial após o carnaval. As despesas com o benefício deverão ser financiadas com crédito extraordinário, ficando fora do teto dos gastos. O otimismo em Nova York, com o pacote fiscal de Biden, deve sustentar a alta da Bovespa, mas atento às questões fiscais. O real pode se beneficiar da fraqueza global do dólar nesta manhã, enquanto os juros devem se manter relativamente estáveis.