Hoje na Economia – 10/03/2020

Hoje na Economia – 10/03/2020

Mercados voltam a operar no azul, se recuperando parcialmente das fortes perdas de ontem, estimulados pela expectativa de que governos tomem novas medidas para amenizar o impacto econômico da disseminação do coronavírus. Ontem à noite, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o governo deverá apresentar proposta de benefícios fiscais buscando amenizar o impacto do efeito do coronavírus sobre a economia. Trump deve anunciar as medidas fiscais em coletiva de imprensa, nesta terça-feira. No Japão, o governo também deverá anunciar um pacote de estímulos e medidas fiscais no dia de hoje.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta generalizada, reduzindo parte das perdas de ontem. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,60%. No Japão, a possibilidade de o governo japonês adotar medidas de estímulo animou os investidores, levando o índice Nikkei a apurar ganho de 0,85%, no pregão de hoje. Nesse dia de menor aversão ao risco, o iene perde valor, com o dólar subindo de 102,30 ienes de ontem à tarde para 104,68 ienes, nesta manhã. Na China, o índice Xangai Composto avançou 1,82%. Segundo dados divulgados, a inflação ao consumidor desacelerou, levemente, passando de 5,4% em janeiro para 5,2% em fevereiro. Já os preços ao produtor tiveram queda anual de 0,4% em fevereiro, voltando a mostrar deflação à medida que as fábricas suspenderam operações por causa do coronavírus. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 1,41% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi avançou 0,42% em Seul; o Taiex mostrou ligeira valorização de 0,24%.

Na Europa, o dia também é de recuperação parcial das fortes perdas de ontem. O índice pan-europeu de ações sofreu uma queda de mais de 7% nesta segunda-feira, em função da queda aguda dos preços do petróleo e preocupações com o coronavírus. Hoje, à semelhança do que ocorreu com a Ásia, o índice STOXX600 opera com alta de 3,71%, na expectativa de que os governos adotem medidas para combater os efeitos da epidemia de coronavírus sobre a economia global. Em Londres, o FTSE100 avança 3,80%; o CAC40 tem ganho de 3,95% em Paris; o DAX sobe 3,46% em Frankfurt. O euro é cotado a US$ 1,1353, com leve recuo ante o valor de US$ 1,1458 de ontem à tarde.

As expectativas de que o presidente Donald Trump anuncie amplas medidas de estímulo fiscal, atenuando os efeitos da desaceleração global sobre a economia americana, levam os índices futuros da bolsa de Nova York a operarem com altas significativas. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 4,39%; S&P 500 avança 4,48%; Nasdaq registra alta de 4,64%. O clima de menor aversão ao risco eleva o juro pago pelo T-Bond de 10 anos, mas ainda permanece abaixo de 1% ao ano. O juro pago por esse papel situa-se em 0,7251% nesta manhã, com alta de 3,42%. O dólar recupera parte do terreno perdido, se valorizando frente às principais moedas. O índice DXY sobe 1,0%, situando-se em 95,85 pontos.

Após a maior queda em uma só sessão desde 1991, as cotações do petróleo voltaram a subir ao longo da sessão asiática. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 32,81/barril, com alta de 5,43%.

A Bovespa deve acompanhar a tendência positiva sinalizada pelas principais bolsas internacionais. O anúncio do governo americano para atenuar os impactos do coronavírus sobre a economia americana, previsto para esta manhã, deve neutralizar o sentimento de aversão ao risco. Na agenda econômica, o IBGE divulga a produção industrial de janeiro. Segundo a mediana das projeções, o índice deve ter subido 0,6% m/m e recuado 1,0% na comparação interanual.

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