Hoje na Economia – 10/03/2023

Hoje na Economia – 10/03/2023

Economia Internacional

Nos EUA, os pedidos semanais de seguro-desemprego que foram divulgados ontem vieram acima do esperado pela mediana das projeções (210 mil ante 195 mil), o que deu certo alívio aos mercados quanto a alguma descompressão marginal do mercado de trabalho norte americano.

Na Europa, a agenda teve poucos destaques no overnight. No Reino Unido, a produção industrial contraiu 0,3% M/M em janeiro, ante expectativa de estabilidade (0,0% M/M), levando a queda acumulada da indústria britânica na comparação interanual para 4,3% A/A. Na Alemanha, a divulgação final da inflação ao consumidor de fevereiro não trouxe revisões, mantendo a variação em 1,0% M/M.

Na Ásia, houve divulgação dos dados de crédito de fevereiro na China e reunião de política monetária no Japão. Na China, os dados de crédito surpreenderam positivamente as projeções do mercado, com o financiamento agregado ficando em 3,16 trilhões de yuans, superior ao esperado pelo consenso de mercado (2,3 trilhões de yuans). O Banco do Japão (BoJ) manteve a taxa de juros em -0,10%, conforme amplamente esperado pelos mercados.

Hoje o destaque da agenda global é a divulgação do payroll de fevereiro nos EUA, que deve mostrar criação de 225 mil de vagas de trabalho no mês, desacelerando em relação ao mês anterior (517 mil). Não é esperada mudança na taxa de desemprego, que deve permanecer em 3,4%. Os ganhos salariais devem ter crescido 0,3% M/M, consistente com alta de 4,7% na comparação interanual.

Economia Nacional

No âmbito local, o CAGED divulgado ontem mostrou criação líquida de 83 mil postos de trabalho formais em janeiro (101 mil com ajuste sazonal), acima da expectativa mediana de mercado (68 mil). Houve desaceleração na comparação interanual, mas a surpresa positiva de janeiro e a continuidade do saldo positivo corroboram resiliência do mercado de trabalho no curto-prazo. Setorialmente, a abertura de vagas foi espalhada, com destaque para construção.

O IPCA de fevereiro, divulgado nesta manhã, registrou variação de 0,84% M/M, acima do esperado pela SulAmérica Investimentos (0,77% M/M) e da mediana de mercado (0,78% M/M). No acumulado em 12 meses, a inflação ficou em 5,60%. Na abertura do dado de fevereiro, a surpresa altista do índice cheio foi concentrada em preços administrados, como energia elétrica e gasolina, e itens de higiene pessoal. Qualitativamente, a leitura é de um número pior, com alta na difusão e nos núcleos.

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