Hoje na Economia 10/06/2019

Hoje na Economia 10/06/2019

Edição 2272

10/06/2019

A semana começa favorável aos ativos de risco. Os juros dos bônus soberanos operam em alta, o iene se enfraquece frente ao dólar e o ouro tem baixa significativa, nesta manhã. O acordo entre os EUA e México, anunciado pelo presidente Donald Trump no final de semana, que evitou a imposição de tarifas a todos os produtos mexicanos, contribui para diminuição na demanda por ativos mais seguros.

No momento, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,1293% ao ano, com alta de 2,32%. O dólar se fortaleceu diante do iene, sendo negociado a 108,67 ienes de 108,16 ienes no fim da tarde de sexta-feira. O ouro recua 1,02%. No mercado de ações, os índices futuros de Nova York operam em alta, sinalizando para uma abertura positiva. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,30%; do S&P 500 avança 0,27%; Nasdaq tem ganho de 0,31%. O dólar recupera parte da queda de sexta-feira, quando os fracos dados do mercado de trabalho americano reforçaram a visão de que o Fed deve cortar juros no segundo semestre. O índice DXY, que segue o valor do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, encontra-se em 96,86 pontos, com alta de 0,33%, nesta manhã.

A melhora da perspectiva comercial, após EUA e México selarem um acordo que evitou a tarifação de produtos mexicanos, sustentou a valorização das bolas na Ásia. Na China, os dados sobre o desempenho da balança comercial de maio não fizeram mercado. Os dados foram mistos, com exportações subindo além do esperado, mas importações recuando de forma mais acentuada do que o previsto pelo mercado. Em Xangai, o índice Composto fechou com alta de 0,86%, favorecido pela decisão do presidente Trump de adiar a elevação de tarifas sobre US$ 200 bilhões em bens da China, do dia 1º para o próximo dia 15. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 1,20%, ajudado pela fraqueza do iene frente ao dólar. A bolsa de Hong Kong liderou os ganhos na Ásia, com o Hang Seng subindo 2,27% no pregão de hoje. O sul-coreano Kospi teve alta de 1,31% em Seul; o Taiex registrou ganho de 1,51% em Taiwan.

Acompanhando o ambiente de maior propensão ao risco, que vigora hoje por conta do acordo selado entre americanos e mexicanos, bolsas da Europa também operam no azul. O índice STOXX600 opera em alta de 0,16%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,45%; em Paris, o CAC40 avança 0,25%; o DAX tem alta de 0,77% em Frankfurt. O euro é cotado a US$ 1,1304, ligeiramente abaixo do valor de US$ 1,1334 de sexta-feira à tarde. A libra opera em baixa, após dados mostrarem queda inesperada na produção industrial do Reino Unido em abril: projetava-se alta de 1%, mas houve queda de 2,7% na produção no período. A libra é negociada a US$ 1,2695 ante US$ 1,2739 de sexta-feira à tarde.

Os futuros de petróleo operam em alta, favorecidos não só pelo otimismo gerado pelo acordo EUA e México, como também pela percepção de que integrantes da Opep e de produtores independentes deverão estender os cortes na produção para o segundo semestre. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 54,07/barril, com alta de 0,15%, nesta manhã.

O alívio nas tensões comerciais, após o acordo entre EUA e México, e a perspectiva de que americanos e chineses devam chegar a um acordo ainda este mês favorecem o apetite ao risco, o que deve beneficiar a Bovespa nesta segunda-feira. Em sentido contrário, atuam os ruídos do ambiente político doméstico. Em foco a votação do crédito suplementar ao Tesouro, adiamento da apresentação do relatório da Previdência para quinta-feira e o risco de nova crise, desencadeada por reportagem contendo mensagens que revelam a interferência do Ministro da Justiça, Sérgio Moro, nas operações da Lava Jato.

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