Hoje na Economia – 10/07/2019

Hoje na Economia – 10/07/2019

Edição 2292

10/07/2019

Investidores evitam assumir posicionamentos mais firmes em ativos de risco nesta manhã, à espera pelo depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell, na Câmara dos Representantes dos EUA (11h de Brasília), quando o dirigente poderá dar mais pistas sobre os rumos da política monetária americana. Os contratos futuros dos fed funds precificam, no momento, 100% de chances de cortes nos juros ainda este mês.

A Treasury de 10 anos superou o patamar de 2,1% pela primeira vez em um mês. No momento, o yield desse papel encontra-se em 2,103% ao ano, com alta de 1,85%. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar diante de uma cesta de moedas fortes, situa-se em 97,38 pontos, apresentando fracas oscilações em torno desse nível, nesta manhã. Expectativa para o mercado de ações é de uma abertura em queda, conforme se deduz da sinalização dos futuros dos principais índices de ações da bolsa americana. O futuro do Dow Jones recua 0,29%, no momento; do S&P 500 cai 0,28%; Nasdaq tem queda de 0,34%.

Na Ásia, os investidores também resolveram esperar pela avaliação que Jerome Powell fará da política monetária americana em seu depoimento no Congresso, nesta quarta-feira. As bolsas de ações fecharam sem direcional único. Na China, foram divulgados os dados de inflação em junho. O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 2,7% em relação a junho de 2018, em linha com o consenso do mercado. O índice de preços ao produtor (PPI) ficou estável, na mesma base de comparação, abaixo da expectativa do mercado, que projetava alta de 0,2%. Esses números favorecem uma flexibilização adicional da política monetária chinesa. Apesar disso, o índice Xangai Composto fechou em queda de 0,44%. No Japão, a espera pelo depoimento de Powell ditou o rumo dos negócios. O índice Nikkei fechou em queda de 0,15%, em Tóquio. Nesta manhã, o dólar é negociado a 108,90 ienes, pouco acima do valor de 108,86 ienes de ontem à tarde. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,31%; enquanto em Seul, o Kospi avançou 0,33%.

Na Europa, após uma abertura em alta marginal, índices de ações passaram a operar no vermelho, seguindo a divulgação do relatório trimestral pela Comissão Europeia, contendo prognósticos sobre o desempenho da economia da zona do euro nos próximos anos. O relatório manteve a projeção de crescimento de 1,2% para o PIB da região neste ano, mas reduziu de 1,5% para 1,4% o crescimento previsto para 2020. Riscos do comércio global podem adicionar incerteza e trazer prejuízos adicionais ao desempenho da economia da região, segundo a União Europeia. Nesta manhã, o índice de ações STOXX600 recua 0,25%. Em Londres, o FTSE100 perde 0,23%, apesar da divulgação de indicadores de atividade industrial britânica acima do esperado pelos analistas. O mesmo ocorre na França, onde a divulgação de indicadores favoráveis não estimulou o mercado de ações. No momento, o CAC40 recua 0,14%. O DAX perde 0,54% em Frankfurt. A moeda comum se aprecia diante do dólar, sendo negociada a US$ 1,1220, contra US$ 1,1208 de ontem à tarde.

No mercado de petróleo, os contratos futuros da commodity sobem estimulados por menores estoques nos EUA, segundo a American Petroleum Institute, enquanto se aguarda pela divulgação do levantamento oficial de estoque semanal do Departamento de Energia (DoE), que será divulgado hoje à tarde. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 58,99/barril, com alta de 2,10%, no momento.

No âmbito doméstico, o IBGE divulga a inflação oficial de junho, que segundo a mediana das projeções do mercado deverá mostrar variação de -0,03%, colocando em 3,33% a inflação acumulada nos últimos doze meses. Na esfera política, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Mais, acredita ter acima de 330 votos favoráveis a aprovação da PEC da Previdência. A sessão de hoje se inicia às 9h, devendo, a partir das 10h30, iniciar a votação da reforma. Tudo indica que Rodrigo Mais conseguirá concluir os dois turnos de votação nesta semana.

Topo