Hoje na Economia – 10/08/2020

Hoje na Economia – 10/08/2020

Economia Internacional

O custo unitário do trabalho nos EUA superou a expectativa do mercado, subindo acima do esperado no trimestre (10,8% anualizado ante 9,5% esperado), ainda que desacelerando em relação ao trimestre anterior (2,6% T/T vs. 3,0% T/T). A surpresa negativa no dado é um vetor negativo para o balanço de riscos do Fed, dado que indica aumento de salários nominais mais forte que o esperado.

Os dados de inflação ao consumidor na Alemanha e na China vieram em linha com o esperado. Na China, o índice de preços ao consumidor subiu 2,7% A/A ante expectativa de alta de 2,9% A/A, ao passo que houve surpresa positiva com a inflação ao produtor, que cresceu menos que o esperado (4,2% A/A contra 4,9% A/A estimado). Na Alemanha, a inflação de julho foi de 0,9% M/M, em linha com o esperado, mantendo o acumulado em 12 meses estável em 7,5%.

Para hoje, o foco da agenda internacional é a divulgação da inflação ao consumidor nos EUA, para a qual o mercado estima alta de 0,2% M/M no número cheio e 0,5% M/M para o núcleo. Também haverá discursos de Evans e Kashkari, membros do Fed.

Economia Nacional

A ata do COPOM, divulgada ontem, trouxe um viés mais dovish, destacando o ambiente de incerteza associado à retomada da atividade local e do cenário externo e que o estágio atual do ciclo de política monetária é capaz de garantir a convergência da inflação no horizonte relevante. No entanto, seguimos projetando SELIC terminal a 14% ao final do ano, dado o quadro inflacionário ainda resiliente e viés altista pra atividade.

O IPCA de julho, que variou -0,68% M/M, ficou em linha com o esperado pela SulAmérica Investimentos (-0,68% M/M) e ligeiramente abaixo do esperado pela mediana do mercado (-0,65% M/M). A deflação neste mês fez com que o IPCA acumulado em 12 meses desacelerasse para 10,07%. A leitura do dado indica um qualitativo misto, com arrefecimento de bens, e manutenção da pressão em serviços, o que corrobora a visão de transição na composição dos dados de inflação.

A primeira prévia do IGP-M de agosto apresentou variação negativa de 0,88%, desacelerando em relação à mesma leitura no mês anterior (0,28%). Houve recuos tanto nos preços ao consumidor, que caíram 1,66%, quanto nos preços ao produtor (-0,86%), em reflexo da contração de 1,32% do IPA Industrial.
Hoje, a agenda doméstica tem como destaque a divulgação das vendas no varejo em junho, que devem cair em torno de 1% M/M e 0,1% A/A.

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