Hoje na Economia – 10/09/2020
As principais bolsas do mundo operam em leve queda hoje, após o forte rally de ontem. Mercado aguarda decisão do Banco Central Europeu e divulgação de dados nos EUA.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,8%, apoiado nas altas de 0,88% do Nikkei225 do Japão, 0,87% do KOSPI da Coreia do Sul e 1,65% do SENSEX da Índia. Por outro lado, houve recuos de -0,64% no Hang Seng de Hong Kong e -0,61% na bolsa de Xangai. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,08%, cotado a ¥/US$ 106,10. No Japão saiu o dado de encomendas de máquinas referente a julho, com alta maior que o esperado (6,3% M/M contra mediana de expectativas de 2,0% M/M).
Na Europa, as bolsas oscilam entre altas e quedas. O índice pan-europeu STOXX600 tem pequeno recuo, de -0,13%, devido a quedas de -0,19% no CAC40 de Paris, -0,22% no IBEX da Espanha e -0,53% no FTSE100 de Londres. Por outro lado, há alta de 0,22% no DAX de Frankfurt. O euro está ganhando valor contra o dólar, +0,34%, cotado a US$/€ 1,1843, assim como a libra, que avança 0,20%, cotada a US$/£ 1,3028. Hoje ocorre a reunião do BCE, o Banco Central Europeu, que deve manter os juros estáveis. A presidente do BCE, Lagarde, deve responder a questões sobre se o nível de valorização do euro atrapalha os objetivos do BCE, em especial em relação à inflação, e isso pode levar a mudanças na cotação do euro hoje.
Nos Estados Unidos, o futuro do NASDAQ abre em alta, de +0,18%, enquanto há quedas de -0,24% no futuro do Dow Jones e -0,04% no do S&P500. O dólar está perdendo valor contra outras moedas, com o índice DXY recuando -0,21%. Os juros futuros americanos caem levemente, com o yield da Treasury de 10 anos recuando menos de 1 pb, para 0,699% a.a.. Os pedidos semanais de seguro desemprego que serão divulgados hoje devem ter mostrado leve recuo de 881 mil para 850 mil. A inflação ao produtor deve ter subido em agosto, 0,2% M/M no índice cheio e no núcleo.
Os preços de commodities hoje operam sem direção única. O índice geral da Bloomberg cai -0,27%, com recuo forte no preço do petróleo (-1,52% no caso do barril tipo WTI, cotado a US$ 37,46), no minério de ferro (-1,31%) e menor nas commodities agrícolas (soja -0,31%). Por outro lado, há alta de 2,7% no níquel e 1,0% no cobre.
No Brasil, já foi divulgado o IPC-FIPE da 1ª semana, que subiu mais que o esperado (0,91% contra mediana de projeções de 0,78%). O 1º decêndio do IGP-M sairá mais tarde, e deve ter acelerado para 2,10% contra 1,46% no mês anterior. As vendas no varejo também serão divulgadas, com a mediana de expectativas indicando alta de 1,3% M/M no varejo restrito e 5,5% M/M no varejo ampliado. No campo político, ontem houve mais defesas da reforma administrativa por parte da equipe econômica. Hoje o real deve se valorizar diante do dólar, beneficiado pelo ambiente externo. Os juros futuros devem subir, por outro lado, devido à pressão nos preços e ao maior crescimento da atividade. Esse último fator deve ajudar o Ibovespa a subir também.