Hoje na Economia – 10/11/2023
Cenário Internacional
Nos EUA, os pedidos semanais de seguro-desemprego que foram divulgados ontem vieram em linha com o esperado e com o dado anterior (217 mil). Os discursos de membros do Fed ontem tiveram tom mais hawkish. Powell, em especial, reforçou que a dinâmica inflacionária segue incompatível com o cumprimento da meta de 2%, o que demanda cautela por parte da autoridade monetária, e afirmou que o Fed retomaria o ciclo de aperto caso necessário.
Na Europa, o balanço dos dados de atividade divulgados no Reino Unido nesta madrugada veio ligeiramente melhor do que o esperado. A leitura preliminar do PIB referente ao 3º trimestre mostrou variação de 0,0% T/T, superior à expectativa consensual dos analistas de -0,1% T/T, e acumula expansão de 0,6% na comparação interanual. A produção industrial permaneceu estável em setembro, conforme esperado pelo mercado.
Hoje a agenda global contempla a divulgação da leitura prévia da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente ao mês de novembro nos EUA, que deve mostrar queda da expectativa de inflação para os próximos 12 meses, de 4,2% para 4,0%, além de mais discursos de banqueiros centrais. Lagarde, do ECB, e Logan e Bostic, do Fed, falam ao longo desta manhã.
Cenário Brasil
No âmbito local, o destaque da agenda foi a divulgação do IPCA de outubro, que registrou variação de 0,24% M/M, inferior à esperada pela SulAmérica Investimentos (0,28% M/M) e pela projeção mediana do mercado (0,29% M/M). Na comparação interanual, a inflação desacelerou para 4,82%. A leitura de outubro foi pressionada pelos preços livres, que refletiram principalmente a variação positiva nos preços de alimentos. Na contramão, os preços administrados surpreenderam levemente para baixo por conta da deflação maior do que a esperada na gasolina. Quanto à composição qualitativa, o dado seguiu mostrando composição benigna e continuidade do panorama positivo de desinflação, com surpresas para baixo nas métricas subjacentes.