Hoje na Economia – 10/12/2019
A cautela impera nos mercados internacionais. Investidores esperam por eventos importantes nos próximos dias, para definir posições. Aguarda-se pelas reuniões de política monetária do Fed e do Banco Central Europeu (BCE); as eleições parlamentares no Reino Unido e a chegada do prazo de 15 de dezembro para os EUA impor tarifas a mais importações da China. No âmbito doméstico, o evento em destaque é a reunião do Copom, amanhã.
Na Ásia, as bolsas de ações fecharam sem direcional único. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão com queda de 0,20%. Na China, dados oficiais mostraram que a taxa anual de inflação ao consumidor saltou de 3,8% em outubro para 4,5% em novembro, atingindo o maior nível desde janeiro de 2012. O índice de preços ao produtor, por sua vez, teve queda anual de 1,4% em novembro. No mercado de ações, o índice Xangai Composto, após passar boa parte do dia em baixa, fechou com ganho modesto de 0,10%. No Japão, o Nikkei caiu 0,09% em Tóquio, enquanto o Hang Seng cedeu 0,22% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi apurou alta de 0,45% em Seul, enquanto o Taiex teve queda de 0,28% em Taiwan. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 108,61 ienes, pouco acima de 108,59 ienes de ontem à tarde.
Na Europa, a maioria dos mercados de ações opera no vermelho, com investidores de olho na reunião do BCE nesta quinta-feira e nas eleições parlamentares do Reino Unido. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 1,17%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 perde 1,32%; o CAC40 recua 0,97% em Paris; em Frankfurt, o DAX se desvaloriza 1,45%. O euro é negociado a US$ 1,1077 contra US$ 1,1066 no final da tarde de ontem.
Nos Estados Unidos, os mercados futuros de ações também refletem a aversão ao risco que prevalece nesta terça-feira, operando em forte baixa: o futuro do Dow Jones -0,40%; do S&P 500 -0,35%; Nasdaq -0,36%. O juro pago pelo T-Note de 10 anos recua 0,67%, nesta manhã, situando-se em 1,8069%, enquanto o dólar index tem queda discreta de 0,05%, com a divisa americana não mostrando tendência clara no momento.
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa moderada, refletindo temores quanto uma demanda mais fraca em meio a sinais de desaceleração da economia global. No momento, o contrato futuro do produto tipo WTI, para janeiro, é negociado a US$ 58,80/barril, com queda de 0,37%.
A Bovespa deve acompanhar a tendência ditada pelas principais praças internacionais, com investidor se mantendo na defensiva. O momento é de espera, não só pelas reuniões de política monetária do Fed, BCE e Copom, mas principalmente por um acordo entre EUA e China que evite a imposição de tarifas adicionais sobre produtos chineses, previsto para entrar em vigor no próximo dia 15.