Hoje na Economia – 11/02/2021

Mercados operam em ligeira alta, com investidores avaliando se rally do começo de ano não aconteceu rápido demais.

Na Ásia, a maior parte das bolsas não operou devido a feriados. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, encerrou o dia registrando ganho de 0,1%, com o índice Hang Seng de Hong Kong subindo 0,45%. Ações do setor de restaurantes subiram com a possibilidade de redução das medidas de restrição de mobilidade na cidade. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,09%, cotado a ¥/US$ 104,68.

Na Europa, a maior parte das bolsas opera em alta. O índice regional, STOXX600, sobe 0,37%, com avanços de 0,18% no FTSE100 de Londres e 0,56% no DAx de Frankfurt. Por outro lado, há quedas de -0,12% no CAC40 de Paris e -0,31% no IBEX da Espanha. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,08%, cotado a US$/€ 1,2128.

No mercado americano, os índices futuros abrem o dia em alta. Há ganhos de 0,24% no Dow Jones, 0,29% no S&P500 e 0,47% no NASDAQ. O dólar está operando sem direção única, com o índice DXY subindo 0,02%, devido a ganhos da moeda americana contra iene e libra. Mas a maior parte das moedas de países em desenvolvimento se valoriza diante do dólar, com o índice da Blommberg recuando -0,09%. Os juros futuros operam em ligeira alta, com a Treasury de 10 anos tendo yield de 1,13%, alta de 1 pb em relação a ontem. NA agenda econômica, apenas os dados de pedidos semanais de seguro desemprego devem sair, com expectativa de recuo em relação à semana anterior.

Os preços de commodities operam em sua maioria em ligeira queda, após as fortes altas das últimas semanas. O índice geral da Bloomberg tem recuo de -0,01%. O preço do petróleo tipo WTI está caindo, -0,63%, cotado a US$ 58,31, com investidores avaliando se o rally de 12 dias não foi rápido demais.

No Brasil, ontem o projeto de lei que confere autonomia ao Banco Central foi aprovado por larga maioria na Câmara dos Deputados (339 votos a 114), agora aguardando sanção presidencial. A larga maioria para aprovar essa reforma estrutural normalmente seria bem recebida pelos mercados, porém é possível perceber grande maioria também para aumentar gastos, em especial o retorno do auxílio emergencial. Hoje será divulgado o dado de volume de serviços, que deve ter melhorado em relação ao mês anterior, com a queda diminuindo de -4,8% A/A para -3,2% A/A. Um dado abaixo do esperado em serviços pode fazer o real depreciar, a curva de juros se inclinar e a bolsa cair. Os mercados brasileiros têm se comportado de forma independente do que ocorre nos mercados globais, dando muito mais atenção às notícias domésticas sobre atividade, inflação e, em especial, possibilidade de aumento de gastos públicos.